Ideb 2017: Ensino Fundamental 1 em destaque!
Os dados do Ideb 2017, divulgados no começo deste mês, trazem um balanço sobre a educação brasileira. Calculado de dois em dois anos, com indicadores de zero a dez, de acordo com as taxas de aprovação das escolas e redes de ensino, o indicador mostra os pontos positivos e negativos na aprendizagem dos alunos nas escolas do país.
Em meio aos baixos resultados registrados, um ponto positivo: a educação brasileira superou a meta prevista nos anos inicias do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) em 2017.
Neste artigo, analisamos melhor esse resultado. Confira!
O cenário do país no Ensino Fundamental – Anos Iniciais
O Ensino Fundamental 1 ou nos Anos Iniciais, como é mencionado pelo índice, segue sendo a etapa melhor desenvolvida nos índices do Ideb.
Com a meta de 5.5, os anos iniciais da educação superaram os dados previstos em 0.3 ponto, ou seja, um índice igual a 5.8, considerando as redes pública e privada.
E vale ressaltar também que, no balanço geral, a rede pública foi a que mais subiu nos conceitos, superando no total a meta estipulada para 5.2 em 5.5.
Quanto aos números relacionados aos estados do país, a maioria evoluiu na proficiência média em relação a 2015. Apenas os estados do Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul não alcançaram suas metas, devendo alguns décimos.
Enquanto isso, oito estados já alcançaram o Ideb 2017 maior ou igual a 6 (meta prevista nacionalmente somente para 2021): Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal.
E o que isso pode significar?
Para o ministro da educação Rossieli Soares, o motivo para os bons desempenhos vem de um conjunto de fatores, como o avanço das redes públicas, que se deve bastante aos muitos municípios que priorização áreas como Educação e a Saúde.
Nesses casos, a Secretaria de Educação tem condições de estar presente no dia a dia dos professores, apoiando com formação contínua de qualidade e cursos de atualização.
Além disso, é notável que os docentes de fato conseguem reservar boa parte de sua carga horária para o preparo das aulas, o que as tornam mais atrativas.
Dentre outras, as escolas também tem tido uma série de medidas que visam garantir a aprendizagem das turmas e a preocupação com a educação dos alunos além do ambiente escolar.
E mais: muitas escolas apostam que o caminho para aprimorar cada vez mais a educação é fazer avaliações diagnósticas todo início de semestre, para que possa ver onde os alunos estão no processo de aprendizagem e preparar atividades de acordo com as necessidades demandadas.
Ou seja, uma boa gestão e bom relacionamento entre professores, coordenadores e gestores é um dos primeiros passos para alcançar bons resultados na educação das crianças.
Com isso, melhor estrutura é pensada para as salas de aulas, que resulta em aulas mais atrativas e alunos mais engajados.
Saber trabalhar e motivar a equipe pedagógica é também uma das soluções para estimular a aprendizagem e mudar o cenário para alcançar as metas previstas.
Sendo assim, o “trabalho de formiguinha” é uma das expressões que podemos definir para o que os números do Ideb 2017 nos mostram. A preparação para o ano letivo deve ser integral e o trabalho sempre sendo revisado e aprimorado com as demandas que podem surgir.
Entenda as metas do Ideb
Desde a criação do índice, em 2007, foram estabelecidas diferentes metas (nacional, estadual, municipal e por escola) que devem ser atingidas a cada dois anos, quando o Ideb é calculado.
A meta para o Brasil é alcançar a média 6.0 até 2021, patamar educacional correspondente ao de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Ou seja: a definição de uma meta nacional para o Ideb em 6.0 significa dizer que o país deve atingir em 2021, considerando os anos iniciais do ensino fundamental, o nível de qualidade educacional, em termos de proficiência e rendimento (taxa de aprovação), da média dos países desenvolvidos.
Desta forma, com os parâmetros oferecidos pelos resultados do índice, é possível ter consciência dos esforços individuais necessários e as trajetórias a serem percorridas pelas redes de ensino e até mesmo pelas unidades escolares que tiverem Ideb, para que o País atinja em 2022 o nível de qualidade desejável à educação brasileira.
O Ideb pode ajudar as escolas a se programarem e terem um norte quanto à sua preparação para o desenvolvimento do ensino. Assim como buscar entender todo o gerenciamento e a importância de cada setor para a formação de um bom aluno.
Além disso, o Ideb 2017 mostra que os anos iniciais do Ensino Fundamental tem números animadores, enquanto os anos finais já não apresentam um resultado tão satisfatório. E isso pode ser mudado também com o engajamento dos alunos e pais com a aprendizagem.
Se desde o início as crianças e jovens se interessam pela educação, fica mais fácil de envolvê-los nos anos seguintes e estimulá-los a continuar com o ensino.
E para isso também é preciso que as escolas saibam aplicar as novas ferramentas que a aprendizagem exige, como novas metodologias, programas educacionais e abordagem de novos conteúdos – algo inicialmente proposto, por exemplo, pela BNCC.
Como você tem transformado a educação brasileira na sua escola? Compartilhe conosco 😉
Nanci Adriana Russo
20/setembro/2018 @ 18:27
Teno interesse em receber sequencias didáticas como sugestão de aulas de reforço para crianças das séires iniciais (1º e 2º ano)