Inteligência emocional: por que escrever um livro fará bem ao seu aluno

As habilidades cognitivas são extremamente importantes e uma delas é a escrita. Além dos seus inúmeros benefícios, a escrita também aumenta a inteligência emocional. E, escrever um livro, é algo que poderá fortalecer profundamente seu aluno. Entenda, neste texto, por que =)

O que é inteligência emocional e por que ela é importante?

Primeiramente,  é importante entendermos o conceito de inteligência emocional, que se refere à capacidade de identificar e gerenciar emoções.

E pesquisas atuais sugerem que tal inteligência ajuda as pessoas a serem bem-sucedidas no estudo, no trabalho e nos relacionamentos, e é até mesmo capaz de fortalecer o sistema imunológico.

Importante e cada vez mais sob os holofotes pedagógicos, o estímulo e estudos sobre esse tema tem se tornado tópico de muitos debates – inclusive na BNCC.

Qual é a relação da escrita com esse tipo de inteligência?

E qual seria a relação entre a escrita e a inteligência emocional? Pois bem, de acordo com novas pesquisas no campo da Psiconeuroimunologia, o ato de escrever pode trazer bons resultados ao desenvolver competências socioemocionais.

A Psiconeuroimunologia, em termos técnicos bem resumidos, é um campo relativamente novo de estudo que analisa as interações entre o sistema nervoso central e o sistema imunológico.

Ou seja, é relacionar como as emoções podem interferir no modo como o nosso corpo e mente podem se estabilizar ou se curar de algo, seja com dificuldades físicas ou práticas como bullying na escola.

E é daí que vem a aposta da metodologia de associar a escrita com o desenvolvimento da inteligência emocional dos alunos. Com a escrita, crianças e jovens se tornam mais conscientes de suas emoções e aprendem mais sobre como se expressar.

O autoconhecimento, autogerenciamento e a habilidade de se conviver socialmente são competências cada vez mais valorizadas no currículo das escolas.

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Além disso, é uma via de mão dupla: enquanto escrever leva a um progresso quanto à inteligência emocional, também resulta em alunos com melhores habilidades de escrita.

A escrita, seja em forma de diário, narrativa ou argumentação, é uma ferramenta produtiva na sala de aula, especialmente para crianças, que estão na fase da sua construção de identidade.

Quanto às atividades de escrita como diários, elas podem fazer os estudantes pensarem mais profundamente sobre os papeis que as emoções desempenham em suas próprias vidas e relacionamentos com outras pessoas, e suas próprias experiências de vida e comportamentos emocionais.

Fazer anotações ou escrever de forma reflexiva proporciona um grau maior de autoconsciência e compreensão de seus pontos fortes e fracos.

A prática da escrita intencional dessa maneira pode ajudar a identificar o que a pessoa pensa, perceber o que e como se sente e decidir como reagirá.

É também sobre a sua resposta aos outros, como trabalhar de forma cooperativa mantém a positividade.

E mais: a escrita diária permite que os alunos exercitem seus pensamentos críticos, narrativos e criativos. Por isso, os exercícios de escrita e leitura são altamente valiosos, desde a alfabetização a todo o resto do currículo escolar!

É legal que os professores tentem levar para as salas de aula atividades simples, mas que podem fazer grande diferença. Uma delas é incentivar os alunos a escrever no início da aula, por exemplo.

Para levar essa tarefa ao próximo nível, peça-lhes que também avaliem como suas próprias experiências emocionais se relacionam (ou não se relacionam) com o material que encontraram em sala de aula.

Outra atividade que pode desenvolver habilidades de linguagem e nutrir a inteligência emocional é estimular os alunos a serem roteiristas de histórias existentes e, posteriormente, de novas narrativas.

Esta atividade é melhor usada com histórias em que um dos personagens está com alguns problemas, sem muito apoio dos outros personagens.

Os alunos são convidados a adicionar um roteiro que mostre o que os outros poderiam ter dito ou feito para fazer o personagem se sentir melhor, e o que o personagem poderia ter dito aos outros para que eles soubessem como ele estava se sentindo.

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Essa atividade também pode ser feita com livros de histórias ilustradas e quadrinhos, para as quais as crianças podem adicionar balões de fala às ilustrações.

O propósito de todo esse processo é que os estudantes enxerguem o seu próprio desenvolvimento e entendam como também é importante saber se expressar com a linguagem.

Sendo assim, é notável que o incentivo à escrita aumenta a inteligência emocional porque:

• Cria o hábito de pensar nas emoções, através da escrita, aprofundando a compreensão da inteligência emocional. E mais: gera um autoconhecimento sobre seu perfil, pensamentos e comportamentos;

• Melhora os relacionamentos, pois trabalha com suas habilidades de empatia e autoexpressão, aumentando o potencial para se conectar com as pessoas. A comunicação se torna mais clara e o trabalho em equipe mais confortável;

• Aumenta a criatividade. Crianças mais seguras de si são mais propensas a serem confiantes em suas ideias e criações, não tendo medo de arriscar e procurar novas soluções;

Desta forma, após conhecer um pouco dos benefícios que o foco em habilidades emocionais pode trazer para os alunos em sala de aula, é a vez da escola buscar novas propostas e trabalhar o método com os seus docentes.

ESTANTE MÁGICA COMO ALIADA NO COMBATE AO BULLYING

Dar aos estudantes a chance de escrevem o próprio livro é, além de um incentivo ao protagonismo do aluno, uma forma de combater o bullying.

Um exemplo que confirma a frase acima é do Colégio Foch, parceiro da Estante Mágica há mais de 4 anos.

A professora de artes Aranay Disessa, que lidera a iniciativa literária na instituição, relatou que um aluno aproveitou sua criação para compartilhar um caso de bullying que estava sofrendo:

 

“A criança estava sofrendo bullying e a gente não sabia. Foi só através do livro que ele se expressou e contou o que estava acontecendo”, relatou Aranay.

E então, após uma escuta ativa, a equipe pedagógica compreendeu a situação que estava acontecendo no condomínio onde o aluno morava. 

Em seguida, conversou com os familiares do pequeno e seguiu com um projeto de inteligência emocional para ajudar os estudantes a trabalharem os próprios sentimentos.

Incrível, né? Em síntese, esse é o poder que escrever um livro dará aos seus estudantes. 💙

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Conclusão

Além das atividades de escrita, planejar projetos literários também são importantes para levar até as salas de aula. Transformar alunos em autores do próprio livro é um deles, e isso é possível com a Estante Mágica.

Estratégias baseadas em livros e literatura, no geral, ajudam a promover a inteligência pessoal e emocional ao desenvolver as habilidades de linguagem dos alunos.

Construir inteligência emocional desde a educação infantil ajudará a criança a ser uma boa gerente de si mesma, uma boa líder, ser capaz de contribuir para um ambiente de equipe pessoal e ter a capacidade de desenvolver relacionamentos fortes e conectados agora e mais tarde na vida.

Vamos amadurecer emocionalmente os alunos através da escrita?