5 mitos sobre protagonismo estudantil que você deve desconstruir
Protagonismo estudantil tira a credibilidade do professor? Prejudica o planejamento pedagógico? Conheça quais são os mitos da estratégia que estimula o protagonismo do aluno.
O protagonismo estudantil é uma forma de desenvolver a criatividade, o trabalho em grupo e a empatia dos alunos.
Apesar de essas habilidades auxiliarem o processo de aprendizagem em sala de aula, muitas pessoas podem entender errado o seu propósito.
Por isso, nessa matéria apontamos alguns dos mitos mais comuns em relação à prática:
“O protagonismo estudantil deixa o aluno fazer o que quiser”
Uma das interpretações equivocadas sobre o conceito é que tamanha autonomia pode resultar em desrespeito às regras combinadas em sala de aula.
Muito pelo contrário: a iniciativa propõe que o aluno consiga se ver como um agente ativo.
Isso desenvolve a percepção de responsabilidade e das consequências das suas ações em comunidade.
A conquista da autonomia depende da possível liberdade de escolha e na aposta da vontade que o aluno tem de aprender e se desenvolver.
Seguindo seus próprios interesses e buscando alcançar certos objetivos, em seu ritmo, os alunos acabam desenhando suas trajetórias de aprendizagem.
“O protagonismo estudantil coloca o professor em segundo plano”
Uma das principais preocupações dos docentes sobre o tema é que, dando protagonismo ao aluno, o professor acabe perdendo a credibilidade em sala de aula.
Colocar o aluno no centro do seu aprendizado faz com que o professor se questione sobre o seu papel nesse processo.
Mas o protagonismo estudantil não tem a ver com priorizar um dos atores da comunidade escolar, mas sim mostrar o quanto cada um é mediador dessa prática.
O educador tem o papel fundamental de desenvolver a autonomia dos seus alunos em prol do ensino dos conhecimentos expostos em sala de aula.
Para isso, é preciso desenvolver um ambiente democrático onde o aluno se sinta parte ativa da sua formação – seja ela intelectual, afetiva, corporal, social ou ética.
No entanto, para que isso aconteça, também é preciso uma atenção devida para a formação dos professores.
A fim de promover o protagonismo, é necessário que o próprio educador esteja motivado e saiba do seu papel marcante para o desenvolvimento dos seus alunos.
“O protagonismo estudantil deixa o aluno solitário no processo de aprendizagem”
Um erro muito comum é achar que o protagonismo do aluno significa deixá-lo “solto” no processo de aprendizagem.
O que realmente acontece é o inverso: um esforço de toda a comunidade escolar para instruir o aluno a se tornar consciente do seu papel atuante na sua educação.
Isso muito tem a ver com as habilidades socioemocionais quando o estudante se depara com conceitos como o autoconhecimento, a autoestima e a empatia na interação com os professores, os pais e seus colegas de classe.
A construção do aluno protagonista do seu aprendizado é feito em conjunto, um trabalho de equipe.
É a ação de uma coletividade, visando superar barreiras da hierarquização do ensino e propondo uma transformação.
“O protagonismo estudantil foca excessivamente na sala de aula”
Como citada anteriormente, as habilidades socioemocionais estão atreladas à ideia de como o aluno se comporta em sociedade.
A sala de aula é um espaço que proporciona ao estudante diversas experiências sociais, porém nem sempre as noções de cidadania são discutidas.
Por prezar por um aluno ativo, um dos meios para desenvolver o protagonismo estudantil é a prática inovadora do Design Thinking na educação.
Esse método ajuda a praticar o sentimento de pertencimento à sociedade, pois achar uma solução em conjunto de um problema enfrentado pela comunidade escolar ou até mesmo pela própria cidade em que a escola se encontra.
A ideia de transformar espaços e de se sentir agente de mudança incentiva a autonomia e o aluno se desenvolve melhor.
Os espaços em que os estudantes frequentam têm grande influência no modo como se relacionam e se desenvolvem.
Além disso, conhecer o contexto da comunidade escolar, suas necessidades e seus problemas, ajuda no método da educação aplicada neste grupo e nesta turma.
Dessa forma, a aprendizagem extrapola os muros da escola e ganha espaço na vida real.
“O protagonismo estudantil atrapalha o trabalho em grupo”
Para desenvolver as habilidades de um aluno protagonista, é preciso um trabalho constante com a comunidade, o que incentiva muito o espírito colaborativo.
Mais uma vez, lembrando do caráter coletivo do protagonismo, ações que promovam essa característica devem ser recorrentes a fim de se tornar um hábito.
A frequência em trabalhar essas competências é um ponto-chave para que cada ambiente de relação com a comunidade escolar esteja alinhado.
E é preciso estar atento ao tempo de cada aluno também. Alguns podem demorar a desenvolver a autoconfiança, outros podem demorar a soltar a criatividade.
E a colaboração é fundamental para que todos se sintam acolhidos para explorarem suas potencialidades.
E você? O que acha sobre o protagonismo estudantil? Conte para a gente nos comentários!