Design Thinking na educação: estimulando a aprendizagem com o método
Já pensou em experimentar um método diferente para incentivar a aprendizagem com seus alunos? Saiba como o Design Thinking na educação pode te ajudar!
Muitos métodos inovadores vêm tomando conta das salas de aula com o objetivo de melhorar a experiência de aprendizagem e de ensino. Um deles é o Design Thinking.
A proposta do Design Thinking consiste em desenvolver uma solução para um problema apresentado e criar um impacto positivo.
Quando usada em sala de aula, essa metodologia deixa o aluno exposto ao desafio de criar meios alternativos para resolver questões do mundo real, o que estimula a criatividade, empatia e desperta o protagonismo do aluno.
Quando se desenvolve o Design Thinking na educação, ele pode ser um aliado importante no objetivo de trabalhar as competências socioemocionais.
Repensar o espaço da escola, criar um filtro natural de água para populações mais pobres…
Algumas questões mais reais apresentadas durante o processo conseguem construir uma percepção social, aprimorar o senso crítico e dão a oportunidade de desenvolver habilidades a partir da colaboração, da comunicação e do método criativo.
Mas, afinal, como aplicar a lógica do Design Thinking na escola?
Antes mesmo de pensar nas instruções a se seguir, é preciso destacar um ponto importante: o exercício da empatia.
Por ser uma metodologia pensada no ser humano, é preciso levar em conta suas perspectivas e ter uma visão mais abrangente para produzir a ferramenta certa para quem precisa dela.
Pensado nisso, mostramos aqui as 5 etapas do processo de aplicação do Design Thinking na educação. Confira:
1) Descoberta
Essa fase é para o entendimento profundo das necessidades do público que você vai trabalhar. Essas necessidades levarão à definição de um desafio para resolução.
Colete e escreva opiniões sobre o assunto em questão. Desenvolva a tarefa até que tal desafio pareça acessível aos alunos.
Monte o plano de pesquisa
Procure pessoas relacionadas ao tema que possam estimular maneiras diferentes de se pensar sobre o assunto.
Se necessário, faça uma pesquisa de campo com a sua turma. Entrar em contato com experiências do mesmo contexto pode resultar em várias perspectivas legais. E não se esqueça de anotar tudo!
2) Interpretação
Após o material de observação coletado, agora vem a fase de enxergar significados e oportunidades para agir.
É a hora de reunir tudo o que foi visto para definir os próximos passos. Para isso, estimule os estudantes a compartilharem os aprendizados adquiridos com a pesquisa.
Assim, vocês conseguem criar um conhecimento em conjunto que pode servir para pensar em oportunidades e desenvolver as ideias.
Outro ponto importante é encontrar conexões entre os aprendizados. Reúna sua turma em pequenos grupos de acordo com as categorias do tema discutido.
Juntos, eles podem escolher os assuntos que foram mais interessantes e pertinentes. A partir daí, procurem evidências de elementos em comum.
3) Ideação
Hora de botar a cabeça para funcionar! O momento de ideação é para pensar em novas ideias. Sem barreiras, pode-se pensar um conjunto boas ideias para resolver o desafio em questão.
Para isso, crie perguntar produtivas. Por exemplo: “Como podemos resolver esse problema?”, “Resolvê-lo pode criar qual oportunidade?”.
Algumas perguntas podem estimular opiniões, sugestões e explorações. Escolha questões animadoras e as mais importantes, mesmo que sejam difíceis de serem solucionadas.
Boas práticas
No momento em que as ideias estão fluindo, deixe claro que todas são válidas, até as mais ousadas. Peça para que cada um esboce sua ideia e a apresente.
Todas podem ser aprimoradas durante esse processo e ajudam no objetivo final de solucionar a questão principal.
4) Experimentação
Mão na massa! Aplique a ideia da solução escolhida pela sua turma.
Antes, faça uma lista de coisas necessárias para a realização da ideia. Veja os materiais que vão precisar e calcule o tempo que vão levar para traçar o plano de ação.
Depois, inicie a construção de protótipos. Eles dão uma ótima chance de ver as ideias ganhando vida e aprender como melhorá-las durante sua construção.
Para isso, é importante documentar todos os aprendizados a fim de se adaptar aos desafios que surgem em cada tentativa.
5) Evolução
A solução está entre nós! Mas não ache que acabou. A partir da evolução do projeto, fica mais fácil mensurar o impacto dele.
O desenvolvimento do conceito continua acontecendo depois dele ter ganhado vida. Agora é a hora de ver como a solução se comporta quando é usada.
Planeje os próximos passos
A implementação da solução pode pedir uma abordagem diferente de quando foi concebida. No momento em que ela entra no contexto de uso, a ideia pode ser adaptada de outra maneira.
Compartilhe o aprendizado
Conte histórias, exponha o modelo final, apresente o projeto. Essa apresentação pode ser para a turma e até mesmo para um público externo.
A solução ganhou vida e opiniões para sua melhoria são sempre bem vindas. Permita a todos a experienciar tudo o que construíram até aqui.
Como você pôde ver, cada etapa oferece uma riqueza de pontos a se trabalhar a partir de princípios da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), como, por exemplo, as competências socioemocionais.
Mas lembre-se: não existe uma única receita para aplicação do Design Thinking na educação.
É preciso desenvolver a habilidade da intuição, de interpretação do que se observa e de idealização do que é emocionalmente significativo para aqueles com quem se está trabalhando.
Por ser uma metodologia profundamente humana, o Design Thinking na educação se assemelha muito ao trabalho que você, como educador (a), já desenvolve em sua rotina na sala de aula.
Que tal levar esse método lúdico de aprendizado para a sua escola? =)