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Alunos usando termos contra o preconceito linguístico nas escolas
05 novembro 2019

Preconceito Linguístico nas escolas: como combater

Victoria Fernandes Alunos e sala de aula

A discussão sobre o preconceito linguístico tem sido cada vez mais frequente e por que não levá-la para as escolas? Entenda, neste artigo, de que modo o preconceito pode ser combatido.

A língua é muito dinâmica e diversa, estando sujeita à diversas variações. Toda língua possui essa versatilidade e isso é chamado de “variação linguística”.

A variação pode se dar a partir de vários contextos em determinados grupos, alguns deles podem ser histórico, econômico, geográfico ou sociocultural.

A comunicação é a principal função da língua e assim, as variações linguísticas acontecem. 

A partir da necessidade de interação social, as variações ocorrem devido aos próprios falantes arranjarem e rearranjarem a língua.

Quando essas alterações são vistas como erradas, esse julgamento é chamado de “preconceito linguístico”. Esse preconceito age de forma depreciativa contra o modo que a pessoa fala.

Essa discriminação geralmente está ligada às condições sociais, étnicas, religiosas e de gênero dos indivíduos. Até mesmo em algumas situações relacionadas aos sotaques regionais.

O Brasil, por ser um país de grande extensão territorial, possui uma pluralidade da língua e uma enorme multiplicidade cultural. 

Alguns exemplos de preconceitos acontecem entre pessoas de regiões diferentes, mais comumente com grupos de interior e mais pobres.

A escola pode ter um papel fundamental para diminuir esses casos e ajudar na conscientização da riqueza cultural do país. 

Confira essas dicas de como o preconceito linguístico nas escolas pode ser evitado:

Promover a adequação linguística

O ensino da norma padrão é essencial, porém o uso da linguagem não é feita de modo uniforme e isso deve ser sinalizado e esclarecido.

Ao contrário de dizer se o uso de determinada linguagem é certo ou errado, a adequação linguística é o conceito que busca entender o contexto em que o uso da língua é adequado ou não.

Ou seja: em uma situação informal, a linguagem mais recomendável a se usar é a informal. Já em uma situação formal pede o uso da norma padrão.

Quando usamos “vc” para abreviar a palavra você em conversas pela internet, estamos adequando nossa linguagem ao ambiente informal.

Entretanto, sabemos que não podemos usar a mesma abreviação em situações formais, como na escrita de um documento oficial.

Um exemplo disso está no poema de Oswald de Andrade:

Pronominais (Oswald de Andrade)

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

A ideia da abordagem sobre a adequação não é ir contra a gramática ou a norma padrão. 

Seria apenas para conscientizar sobre a língua que está em constante movimento e que busca aplicar sua função principal, que é a comunicação.

Entender o contexto do aluno

Muitos alunos sofrem com o preconceito linguístico nas escolas justamente por ser de um contexto diferente da maioria dos colegas de turma. 

Os contextos variam economicamente, geograficamente ou socioculturalmente. Pode ser desde o aluno de outro estado ou até mesmo vindo de uma família com poucas condições financeiras.

Muitas vezes o aluno reproduz o que está acostumado a escutar a linguagem usada no seu próprio contexto. 

E por isso, é necessário acompanhar seu aprendizado e entender onde pode ser falta de embasamento teórico ou somente adequações linguísticas.

Incluir o assunto ao debate sobre bullying

Além de compreender a forma como cada aluno se comunica através da linguagem, é preciso abranger essa discussão para todo o grupo.

Os temas envolvendo bullying e cyberbullying já são tratadas com urgência pelas gestões escolares do país. Agora, é a vez de incluir mais esse tema: o preconceito linguístico nas escolas.

As consequências desse tipo de discriminação são graves assim como as outras e é necessário tratar esse tema com importância.

A pessoa que é excluída ou hostilizada por expressar a maneira de falar de algum grupo do qual faça parte, seja ele social, étnico, religioso ou de gênero, têm a sua voz silenciada.

Além disso, silencia o modo de vida desse grupo, a sua história e sua herança cultural. É importante abordar as pluralidades da Língua Portuguesa e mostrar que são válidas.

Organizar uma feira de regionalidades 

Para celebrar as diversas variações linguística e a riqueza da Língua Portuguesa em um território tão vasto e múltiplo como o Brasil, nada melhor do que uma feira sobre as regiões do país.

Além de valorizar a língua, é possível mostrar como cada região se expressa de forma única e que suas diferenças são uma maneira de mostrar a pluralidade cultural.

O preconceito linguístico nas escolas, quando acontece, não contribui para um processo educacional democrático. Pelo contrário, cria barreiras para o enriquecimento do patrimônio cultural brasileiro.

A língua é responsável por transmitir a herança cultural de um povo e através dela, carrega-se aspectos de vida, crenças e valores de um determinado grupo ou sociedade. 

Por isso, é preciso estar atento à esse tipo de discriminação linguística.

E você? De que forma procura combater o preconceito linguístico na sua escola?

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