Competências socioemocionais, a pauta do 2º Encontro Mágico de Educação
A Estante Mágica realizou, no dia 1º, o último Encontro Mágico de Educação de 2018. As competências socioemocionais foram o tema principal do evento. Confira como foi a discussão!
No sábado, 1º, a Estante Mágica promoveu o último Encontro Mágico de Educação de 2018. Mais de 30 educadores, entre professores e diretores, estiveram no evento, que teve como tema principal as competências socioemocionais.
Will Costa, psicanalista e diretor do Colégio Estadual Chico Anysio (escola referência no incentivo à inteligência emocional), palestrou sobre o tema e trouxe questões essenciais para a sala de aula. Saiba mais abaixo:
Por que o socioemocional está na “moda”?
Essa foi a indagação feita por Will, que explicou que o tema tornou-se tão relevante devido à formação cultural da sociedade atual, que estimula a formação de pessoas muito individualistas.
Esse individualismo, na visão do Will, precisa, portanto, do socioemocional para dar “uma equilibrada”.
De acordo com o educador, podemos descrever resumidamente essas competências socioemocionais como um conjunto de habilidades de vida que preparam o aluno para desafios (tanto do mercado de trabalho quanto de outras áreas da vida).
Tais competências são cruciais para que o estudante saiba como solucionar problemas da melhor forma.
Will também destacou a diferença entre “competências” e “habilidades”: “Quando eu percebo que tenho uma habilidade e me pergunto como vou usá-la para resolver um problema, isso é uma competência”, esclareceu.
Ou seja: competência é saber usar as habilidades existentes para resolver determinado problema.
E a formação de professores, como fica?
A discussão sobre esse tema trouxe como grande pergunta como o professor pode se preparar para estimular o desenvolvimento dessas competências em sala de aula.
Will destacou que, antes de qualquer coisa, é necessário que o profissional se valorize. Parece papo de autoajuda? E é, num sentido nada pejorativo.
Para o educador, se o professor não está motivado e bem consigo mesmo, dificilmente ele conseguirá despertar isso no aluno:
“Alunos se desenvolvem na nossa presença. Olha a importância que temos! Por isso, precisamos, antes de tudo, nos valorizar. Senão, não temos como inspirar ninguém”, defende.
Desenvolvimento de competências socioemocionais na escola
Diretor do Colégio Estadual Chico Anysio, que, apoiado por um programa de inteligência emocional do Instituto Ayrton Senna, tornou-se referência no tema, Will contou quais medidas foram adotadas para fomentar essas competências nas salas de aula.
Uma delas, a mais conhecida, é a disciplina Projeto de Vida. Ela consiste em fazer círculos onde o aluno fala dele, dos seus anseios, da sua impressão sobre a escola, importância da família etc.
Dessa maneira, segundo Will, o professor conhece melhor o aluno e as coisas caminham melhor. O foco é no autoconhecimento para que o aluno desenvolva maturidade para perceber o que não está legal e, dessa forma, saiba se relacionar melhor com todos.
Assim, o educador passa a entender mais o comportamento do aluno: “Ser humano rejeita o que não conhece, por isso é necessário esse conhecimento para melhorar a relação aluno-professor”.
Há também o projeto de pesquisa, no qual o aluno verifica fontes durante algum estudo e dá sua interpretação sobre o que foi levantado, e os estudos orientados, iniciativa que propõe aos próprios alunos ensinarem uns aos outros o que sabem.
Competências socioemocionais e BNCC
E o que essas competências têm a ver com a BNCC?
Dentre as 10 competências gerais da Base, temos as competências 8 e 9, que se referem ao autoconhecimento e à empatia e enfatizam a importância do desenvolvimento das habilidades emocionais e interpessoais para que o aluno saiba lidar com os outros e consigo mesmo de forma civilizada, harmônica e construtiva.
O estímulo da Estante Mágica às habilidades socioemocionais
Professora do Colégio Zacarias, que participa desde 2012 do projeto da Estante Mágica, Lena Magalhães deu um depoimento emocionante sobre como a empresa estimulou as habilidades emocionais na sua escola.
Ela, inclusive, reformulou a sala de aula após conhecer a Estante Mágica, inspirando-se na disposição das mesas do espaço, que incentivam o trabalho lado a lado, cooperativo. E também mencionou o impacto do projeto na vida dos alunos:
“A Estante Mágica dá voz ao aluno e traz valor diferencial à escola. Tenho alunos que viraram escritores após passarem pela experiência de publicarem o próprio livro”, conta.
Nuvem de palavras, um projeto de inteligência socioemocional
O evento contou também com um workshop do estatístico Raphael Paes. Ele apresentou um novo projeto da Estante Mágica chamado “Nuvem de palavras”, que consiste em uma análise dos termos mais usados nos livros das crianças escritoras que participaram do projeto literário.
O evento foi finalizado com uma atividade que estimulou os educadores a procurarem formas de explorar didaticamente as informações apontadas pela nuvem de palavras. Palavras como “menina”, “mãe” e “casa” foram algumas das mais recorrentes.
Muitas ideias interessantes surgiram da troca e, agora, a Estante Mágica tem como objetivo avançar com o projeto:
“A ideia é que possamos disponibilizar às escolas parceiras as nuvens de palavras formadas pelas obras dos alunos de cada turma para que elas sejam utilizadas no trabalho de sala de aula como uma ferramenta, principalmente em atividades que tratem de questões socioemocionais”, explica.
Palmira Feliciano da silva
12/dezembro/2018 @ 09:34
O projeto “estante Mágica tem sido muito útil para minha proposta de formação.
Pretendo fazer pós graduação em psicologia escolar.
Victoria Fernandes
27/junho/2019 @ 15:50
Que incrível saber disso, Palmira 😍
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