Sala de aula invertida: um novo método de aprender
O leitor conta com alguns elementos centrais da história antes de iniciar sua leitura (personagem principal, contexto, personagens coadjuvantes). A síntese sobre o livro pode ser encontrada na sua sinopse. Ou seja: antes de mergulhar no conteúdo, o leitor tem ideia do que vai ser apresentado e, minimamente familiarizado, ele começa a ler a obra.
Ok, mas isso tem a ver com uma sala de aula? Na flipped classroom (sala de aula invertida, em português), tem.
A ideia dessa metodologia pedagógica é trocar a ordem do ensinamento. Se antes o estudante escutava o conteúdo e depois levava lições para casa para verificar seu nível de compreensão sobre a matéria, aqui a ideia se inverte. O estudante tem um conhecimento prévio do que será abordado na aula, contando com a ajuda de recursos tecnológicos (vídeo, slides,…), e em sala seu foco será a resolução de questões relacionadas a tal matéria. Em outras palavras: ele é convidado a investigar o conteúdo que será apresentado pelo professor para, posteriormente, colocar em prática tudo o que viu.
E será que funciona? Um estudo feito com alunos de primeiro ano em uma escola de ensino médio nos EUA apontou que o método diminuiu significativamente a reprovação em inglês (de mais de 50% para 19%) e matemática (de 44% para 13%). Além disso, também foi observado um aumento no nível de engajamento dos alunos. Uma outra pesquisa, desta vez na Universidade de British Columbia, mostrou que professores de Física que aplicaram a metodologia registraram um aumento de 20% na presença e 40% na participação dos alunos, com este modelo.
Se o modelo tradicional ressaltava a figura do professor como detentor de conhecimento, neste modelo a proposta é destacá-lo como mediador no processo de aprendizagem. O novo método desenvolve competências como espírito colaborativo, autonomia e senso crítico. O aluno tem sua curiosidade atiçada, trabalha métodos de aprendizagem e se torna personagem principal na sala de aula. Tanta autonomia pode até causar estranheza, para alguns. Afinal de contas, é uma revolução no modo de aprender. Neste caso, o indicado é começar a aplicar projetos em equipes: o grupo estuda o conteúdo em casa e, na escola, se reúne para realizar trabalhos e solucionar problemas de projetos.
Para dar certo, é necessário, antes de tudo, uma mudança de postura por parte do professor e do aluno – e talvez essa seja parte mais desafiante da metodologia. Na sala de aula invertida, é o melhor momento para colocar em prática as competências do século 21, usando a tecnologia como suporte no processo educativo e conduzindo o aluno para o centro da sua própria aprendizagem. Vamos tentar? 🙂
Como a tecnologia educacional pode estimular o protagonismo do aluno - Blog QMágico
06/setembro/2018 @ 10:30
[…] sala de aula invertida, metodologia que vem ganhando muito espaço ao propor uma nova didática, também mostra como é […]
ENSINO HÍBRIDO: UNINDO ONLINE E OFFLINE – Blog Teste
10/janeiro/2018 @ 14:09
[…] ensino online e offline é uma ótima receita para despertar o interesse dos pequenos em sala. A sala de aula invertida é o pontapé para iniciar esse tipo de ensino e propõe que o aluno estude o conteúdo em casa […]
Maria Ermelinda
27/setembro/2017 @ 17:27
Maravilhoso!!O aluno quando tem algum conhecimento prévio do assunto,com certeza poderá discutir e questionar, e a aprendizagem acontecerá !!!!
Elaine Soares Santos Silva
25/setembro/2017 @ 22:17
Quero receber projetos e atividades para 3 ano do fundamental .Eu achei ótimo a idéia que nossos alunos vem com índice muito baixo de aprendizado.
Maria Márcia da silvam
25/setembro/2017 @ 18:45
o professor deve ter um planejamento flexível e estar disposto a aprender com os outros e mudar sempre que for necessário .