Sala de aula e Afrofuturismo: um encontro que tem tudo a ver!
O protagonismo infantil na criação de histórias pode nos levar a lugares mágicos e especiais. Principalmente quando as crianças são possibilitadas a exercitar a própria imaginação, deixando a criatividade correr solta. Desta forma, é como se a criança brincasse de bola ou jogasse o seu game favorito, sem perder a oportunidade de encontrar a esperança de um mundo melhor na hora do esconde-esconde. Quer saber como o afrofuturismo entra aqui? Continue a leitura!
Por isso, tratando-se de crianças negras, que são diariamente apresentadas ao duro contexto do racismo estrutural, é legal propor novas formas de enxergar o mundo ao redor. E não limitando às suas experiências apenas a episódios de violência. Sendo assim, é um desafio para a sala de aula. E também é uma importante estratégia para unir a luta antirracista à uma educação antenada no futuro.
Que tal conhecer o Afrofuturismo e tudo que este tema pode contribuir para a criação das histórias com a Estante Mágica?
O Afrofuturismo
O termo surgiu nos Estados Unidos nos anos 90. Porém, a prática afrofuturista já acontece há muitas gerações de artistas negros nos campos da literatura, da música e do cinema. Sendo assim, em geral, são pessoas comprometidas em elaborar e discutir outras narrativas possíveis para as vivências pretas. As noções de passado, presente e futuro se misturam no intuito de construir uma realidade baseada no respeito às diferenças e à equidade social.
Nestas histórias, o elo entre os personagens e a tecnologia são fortalecidas. E cenários de ficção científica surgem com o auxílio de grandes gênios e pensadores, inventores de robôs e outros elementos fantásticos. Assim, garantem a diversão necessária para uma boa aventura.
Além disso, há um esforço coletivo destes autores e autoras afrofuturistas de recuperar as contribuições das culturas africanas. Além de seus modos de compreender a vida também. O próprio conceito de tempo, por exemplo, é entendido de forma circular, como uma brincadeira de ciranda.
O desejo de ser astronauta (e tudo aquilo que sonham ser) se torna parte de uma nave espacial que se abre ao abordarmos o Afrofuturismo com a criançada. Sendo assim, heróis e heroínas como Pantera Negra, sua irmã super-cientista Shuri e o Homem-Aranha no Aranhaverso já estão habitando este universo infantil. Mas quais serão os próximos personagens que os seus alunos poderão criar? O futuro nos aguarda.
Por isso, temos uma dica mágica. Dê continuidade ao tema Afrofuturismo com os seus alunos, apresentando o Magic Land, o game que dá vida aos personagens criados em sala de aula. Assim, a tecnologia vai seguir sendo a sua amiga e de nossas estrelas literárias!
Você pode trabalhar este tema com as suas crianças em sala de aula. Para isso, veja também este artigo aqui para se inspirar e cadastre-se aqui!
Este artigo foi escrito pelo coletivo A Coisa tá Preta, uma iniciativa da Estante Mágica que tem o objetivo de desenvolver a conscientização sobre o que é racismo e como ele se mostra dentro das situações cotidianas.