Não quero ser melhor que ninguém!
Na biologia, as chamadas “relações interespecíficas” definem as relações entre seres de diferentes espécies. A competição corresponde à relação em que os participantes disputam os mesmos recursos. A cooperação (ou procotoperação) é o tipo de relação em que as espécies, quando se relacionam, saem ganhando. E o que é curioso dessas duas definições é que esta última é considerada uma espécie de relação harmônica, enquanto a primeira é considerada desarmônica, já que um participante sai perdendo (ou ambos saem no prejuízo).
A contextualização é um gancho para falar sobre um tema recorrente não só nas escolas, mas em várias esferas da nossa vida: a competição. É claro que, devido à nossa própria história evolutiva, temos traços competitivos – e isso não é algo negativo, sendo um dos mecanismos que nos possibilitou o desenvolvimento e a própria sobrevivência. – Mas até que ponto o espírito competitivo colabora para o progresso coletivo?
A Finlândia, uma das maiores referências em educação do mundo, tem uma forte cultura de cooperação no ambiente escolar. Não estimula a competitividade, muito menos rótulos baseados em avaliações. A avaliação dos alunos, por exemplo, não tem como objetivo identificar quem se sai bem nos exames, mas saber quem precisa de apoio. O exemplo finlandês nos leva a refletir sobre o assunto. Competição gera motivação, mas, em excesso, gera comparação – o que compromete a autoestima e, consequentemente, o desempenho, desmotivando o aluno.
Pensando nisso, que tal mostrar à sua turma como o espírito colaborativo pode ajudar ambos os lados? Uma dica: oriente aquele aluno que não está se saindo bem em português a receber uma ajuda do colega que tem apresentado facilidade na disciplina. Durante a experiência, evidencie, para ambos, que os dois lados ganham: o que está recebendo auxílio melhora seu desempenho; o que está auxiliando organiza suas ideias e ganha clareza no raciocínio.
A capacidade de trabalhar em equipe tem sido uma competência valorizada em qualquer carreira e está intimamente ligada à conduta cooperativa. No mundo dos negócios, em uma época em que o capital intelectual é mais valorizado do que nunca, uma equipe que trabalha de forma colaborativa, focando num objetivo em comum, representa uma vantagem competitiva. Sintetizando, vale o paradoxo: cooperar para competir.
Aqui, na Estante Mágica, temos um lema: “Individualmente somos brilhantes, mas juntos somos sensacionais”. E aí na sua escola, como vocês desenvolvem o trabalho em equipe? 🙂
CleuzaReis
22/agosto/2017 @ 22:54
na minha escola, eu e minha parceira de divisão de área(disciplina), trabalhos sempre em equipes com os alunos. Penso, que o trabalho facilita a dinâmica da turma. O aluno pensa no coletivo e deixa de ser individualista. Promovemos o respeito, a solidariedade uns com os outros. São mais críticos, participativos, aprendem a dividir os espaços.
Elisabete Silva do Nascimento
11/agosto/2017 @ 09:28
é uma excelente proposta, pois em dias atuais onde o individualismo tem ganhado força, propiciar atividades onde os alunos, se colocam no lugar do outro e refletem sobre o trabalho em equipe é um meio de se combater problemas como violência e bullying dentro da sala de aula.
MARLENE CORREIA NAKAYAMA
10/agosto/2017 @ 23:47
Boa noite, estava exatamente pensando em tema para abordar com os alunos amanhã, sobre o poder do querer.Eles são alunos que frequentam o Novo mais Educação,e,sei que na cabeça deles vem a vergonha de estar frequentando a sala dos fracos ou “burros” como eles se auto intitulam .Muitos carregam traumas sobre o fracasso escolar desde das séries iniciais.Gosto muito do lema: Juntos Somos Fortes em Busca do Conhecimento, por ter sido criado pelos meus alunos de reforço escolar em 2015.
Marta Chaves
09/agosto/2017 @ 11:11
Excelente proposta.
maria veneri lopes
08/agosto/2017 @ 19:16
Na minha escola não funciona de forma muito equilibrada por isso busco as novidades e ajuda de que possam me oferecer para ajudar na aprendizagem de meus alunos pois quero muito que eles saiam alfabetizados
Maria Márcia da silva
05/agosto/2017 @ 11:28
Olá, bom dia
Eu gosto muito de dar atividades em equipe para os meus alunos poque essa interação de um com o outro ajuda muito no desenvolvimento dos alunos.
O que eu tenho observado na sala de aula e que os alunos aprende com o professor mas o aluno também aprende com os seus colegas de sala de aula .
E o professor também aprende com os seus alunos e essa troca de conhecimento nos faz ver as coisas de um jeito diferente .
Jezilda Pereira dos santos
04/agosto/2017 @ 18:06
Já caminhamos a algum tempo buscando a coletividade e interdisciplinariedade, temos coordenação por área, individual e coletiva, ainda temos muito a aperfeiçoar, mas acredito no êxito de nossas ações.