Por que a inteligência emocional dos pais afeta o desenvolvimento dos filhos?
A inteligência emocional dos pais é sempre apontada como crucial à formação das crianças. Mas por que isso impacta tanto o desenvolvimento dos pequenos? Entenda neste texto!
Muitas características dos pais são importantes e influenciam na educação dos seus filhos e uma delas é a própria inteligência emocional dos pais.
Assim como as habilidades emocionais são essenciais para a formação da criança, a dos pais também podem influenciar no desenvolvimento da mesma.
De acordo com Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, tal inteligência é “a capacidade de identificar, avaliar e controlar as próprias emoções, as emoções dos outros e as dos grupos (…) e a vida em família é a nossa primeira escola para o aprendizado emocional”.
Ou seja: é muito importante ter a consciência de como as experiências familiares influenciam os filhos e quais melhores ações para agir em conformidade com elas.
A inteligência emocional dos pais na verdade tende a prever a inteligência emocional do seu filho, sugerindo que esse traço pode ser passado através das gerações.
Isso significa algo para os pais – e para as pessoas que ainda não são pais e mães: se você deseja criar filhos com boas habilidades emocionais, é melhor se concentrar em seu próprio desenvolvimento primeiro! 😉
Isso ocorre por motivos simples: crianças se espelham em modelos e os pais são suas primeiras e principais referências no mundo.
Por isso a inteligência emocional dos pais é tão importante, pois é ela que define como eles irão lidar com determinadas situações dos filhos, que, consequentemente, aprenderão como exemplo.
Desta maneira, é essencial que os pais tenham – e procurem sempre aperfeiçoar – o autoconhecimento. Entender suas emoções, reações e expectativas. Tudo isso torna mais fácil de entender o modo como irá reagir com a criança.
Em um olhar científico, os neurônios-espelho, por exemplo, podem explicar como as habilidades emocionais podem afetar o desenvolvimento das crianças.
Definidos como um conjunto de neurônios no cérebro que disparam não apenas quando você executa uma ação, mas também quando observa alguém realizando uma ação, os neurônios-espelho permitem sentir o que os outros estão sentindo.
Eles desempenham, portanto, um papel importante na conexão entre pais e filhos.
Se um pai ou uma mãe estiver sofrendo de estresse, emoções negativas ou traumas não resolvidos de suas próprias histórias, eles podem se manifestar no rosto e entrar em conflito com a mensagem em as palavras.
O cérebro capta e registra os sinais emocionais em no rosto mais rápido do que pode processar o que uma mãe está dizendo.
Por isso, se os filhos lerem emoções nas expressões faciais que os colocam em alerta, podem levá-los a responder a essas expressões faciais (e as emoções que elas transmitem) e não ao conteúdo das palavras.
Se os pais se mantiverem calmos em uma birra, no entanto, podem ajudar os filhos a regular suas próprias emoções, e garantir valores cultivados, em vez de simplesmente reagir a uma situação estressante.
Afinal de contas, pais são os maiores exemplos que as crianças têm.
Ou seja, pais que se preocupam com a própria inteligência emocional também fornecem aos filhos a capacidade de identificar o modo como estão se sentindo e processar esses sentimentos de maneira saudável e positiva.
Como parte do ensino de inteligência emocional, é vital não apenas ajudar as crianças a aprender sobre as emoções que estão sentindo, mas também fornecer empatia suficiente para garantir que a criança não se importe em sentir o mesmo.
Validar uma ampla gama de sentimentos em tenra idade pode ajudar muito no desenvolvimento de uma pessoa.
Lembra da possibilidade de exercitar a inteligência emocional através da escrita? Isso pode ser uma atividade estimulada em conjunto na família! 😊
Desta forma, é interessante pensar em como a inteligência emocional dos pais acarreta no modo como a criança é disciplinada.
Ou no modo como desenvolve o tipo de parentalidade adotada – mesmo que de forma inconsciente. Seja ela autoritária, permissiva ou com autoridade.
A maneira como o adulto resolve e lida com o seu autoconhecimento, autogerenciamento e a habilidade de se conviver socialmente reflete no modo como ele espera que a criança se comporte.
Assim, é necessário que os pais entendam que exercer habilidades emocionais é, em grande parte, desenvolver empatia.
Indo pela ótica da disciplina e como eles podem influenciar positivamente os seus filhos, os pais podem começar por pequenos passos e mudanças no exercício da parentalidade.
Para conseguir um bom ajuste entre pais e filhos, é importante que mães, pais e responsáveis:
– Estejam cientes do temperamento do filho e respeitem sua singularidade;
– Comuniquem-se com o seu filho, tornando os pontos claros e simples;
– Ouçam seu filho e procurem compreender seu ponto de vista;
– Estabeleçam limites para ajudar seu filho a desenvolver autocontrole;
– Sejam um bom modelo.
Resumindo: toda mudança começa por nós mesmos. Pais devem olhar atentamente pela sua própria inteligência emocional. É a autoconsciência.
Tudo isso influencia na capacidade de prosperar emocional em todas as áreas do desenvolvimento, incluindo a saúde mental acadêmica, social, física e o sistema imunológico.
O bem-estar social e emocional é a base para o desenvolvimento saudável do cérebro e, como os pais são os primeiros professores da criança, é pertinente que ajudem a desenvolver essas habilidades.
Ser capaz de trabalhar efetivamente essas habilidades está diretamente relacionado não apenas a comportamentos e realizações da infância, mas também ao futuro sucesso de uma pessoa em situações pessoais e coletivas.
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