Gamificação: aproveitando a Copa do Mundo para explorar a prática!

O uso de jogos para promover a aprendizagem dos alunos não é um método novo. Mas alimenta uma tendência crescente no ambiente escolar atual: a gamificação. E em período de Copa do Mundo, como podemos aliar os dois em sala de aula?

Primeiro, é preciso entender o que é esta proposta pedagógica. No geral, podemos dizer que a gamificação é o uso da mecânica e das dinâmicas de jogos, como as recompensas e os rankings de usuários, para melhorar a motivação e aprendizagem em contextos formais e informais de educação.

E como sabemos que no Brasil o futebol é um esporte que envolve bastante os alunos, principalmente em época de Copa, nada melhor do que misturar os dois e planejar diversas atividades e aplicar alguns métodos de avaliação e engajamento para a criançada.

Por isso, pensar em dinâmicas com toda a estrutura competitiva e recompensadora da maior disputa de futebol na sala de aula pode ser uma ótima maneira de estimular os alunos neste período.

Que tal criar etapas de avaliação e ensinos para os estudantes baseadas na gamificação e a Copa do Mundo? Confira as dicas! ?

Como na Copa, o professor pode realizar diversas fases de tarefas e, consequentemente, avaliações. Na primeira delas, pode ser algo que some pontos e defina se conseguirá passar para a próxima fase.

E nos exercícios em diante, o ideal é que cada passo seja algo complementar para chegar ao resultado final proposto pela atividade.

Isso mostra aos alunos que cada etapa é importante e como eles vão aprimorando e desenvolvendo o projeto, reconhecendo seu esforço gradual.

• Professor x Classe

Os alunos devem seguir uma regra que o professor define. Sempre que um aluno segue a regra, a classe recebe um ponto.

Sempre que um aluno não segue uma regra, o professor recebe um ponto. Isso é particularmente bom para introduzir procedimentos e expectativas comportamentais.

Se a classe ganhar, use uma recompensa sustentável, como uma festinha na sala de aula, um tempo prolongado de descanso ou uma folga das lições de casa.

• Sistemas de recompensa

Incentive o companheirismo entre os alunos através da criação de um sistema de recompensas onde os alunos alcançam algo como uma equipe.

Por exemplo, defina uma meta de 80% da turma conseguir um bom desempenho em um exercício ou teste. Como recompensa, deixe que os alunos escolham uma atividade diferente para a sala de ou até mesmo uma festa.

Dessa forma, os alunos estão trabalhando para dominar o material juntos, em vez de competir, e os alunos mais bem-sucedidos ajudarão os que estão ao seu redor.

• Esclareça a importância de objetivos

Os professores podem usar os álbuns de figurinhas da Copa do Mundo para mostrar como ter objetivos, sejam eles menores ou maiores, é importante para progredir.

Começando com a mecânica de um objetivo pequeno, os alunos terão um propósito imediato e verão que é possível alcançá-lo com diversas etapas, em um progresso contínuo.

Por isso, ao invés de completar todo o álbum, que tal incentivá-los a completar um time de seleção ou um estádio primeiro? 😉

Assim como no futebol a pontuação depende do desempenho na partida, o mesmo pode ser aplicado em algumas atividades pedagógicas.

Os alunos precisam estar citando detalhes do texto e evidências para conclusões nas discussões em sala de aula?

Respostas sem evidência valem agora 1 ponto, uma resposta correta com 1 peça de evidência vale 2 pontos, uma resposta correta + 2 peças de evidência = 3 pontos.

A mesma tática pode ser usada com deveres de casa, leituras a parte da escola e atividades culturais.

Para incluir todos os passos acima do método da gamificação, os professores podem planejar um trabalho em grupo e que durará algumas aulas.

Além disso, o docente pode dividir a turma em blocos, em que cada um deles é responsável por uma etapa do processo e, ao realizá-lo, eles vão acumulando pontos.

Isso pode ser pensado para um projeto de ciências, literatura ou matemática.

E não se esqueça de dar o retorno! Enquanto as notas são uma forma de feedback, um feedback significativo e imediato é mais motivador.

Tente dar feedback aos alunos o mais rápido possível. Essa é uma maneira pela qual a tecnologia pode ajudar. O educador pode escolher tarefas para as quais possa dar a cada aluno uma resposta específica e personalizada.

Especificamente, liste o que o aluno fez bem e dê sugestões específicas para melhoria.

A gamificação é uma tendência que tem seus prós e contras, seus adeptos e seus críticos, mas para os defensores a ideia é bem simples: pegar todas as coisas boas dos videogames e colocá-las em outra coisa, para tornar essa outra coisa um pouco mais agradável.

E como em todos os outros jogos, existe a possibilidade de perder. Mas isso não é para ser considerado uma coisa ruim. Afinal de contas, assim como nos jogos, errar um passe pode ser uma forma de aprimorar as técnicas em campo.

Além dessa lição “emocional”, a prática vai de acordo com as exigências de mudanças na educação, com as adaptações aos ensinos mais práticos, dinâmicas tecnológicas e aplicação de problemas do dia a dia.

Com isso, o engajamento dos alunos é um dos resultados do processo, que leva a uma nova relação dos estudantes com a aprendizagem.

Porém, alguns críticos da aprendizagem gamificada acreditam que o ritmo acelerado e o feedback imediato criam um problema com a atenção dos alunos.

Os alunos podem começar a esperar o mesmo tipo de resposta de todas as partes da sua educação e não a encontrarão, levando à frustração.

Esses prós e contras são ideias importantes a serem consideradas ao escolher como os jogos poderiam dar suporte à sala de aula.

Se o professor adora a ideia de motivar seus alunos por meio de pontos e medalhas, o aprendizado com gamificação pode ser o melhor caminho.

Mas, se o educador se esforça para priorizar seu tempo no desenvolvimento do curso, a gamificação pode não ser a escolha certa.

Por isso, o ideal é começar aos poucos, usando essa estratégia cuidadosamente.

E aproveitando o clima de Copa do Mundo, que tal pensar – e adaptar – algumas das sugestões acima? ?