Como o desenvolvimento infantil é ajudado pela educação bilíngue?
No mundo globalizado em que vivemos, é bastante interessante introduzir aos poucos no ensino das crianças o vocabulário de outras línguas, principalmente o inglês. A educação bilíngue vem crescendo cada vez mais na escola e ajuda o desenvolvimento infantil, desde a alfabetização das crianças a anos superiores.
E quais são os benefícios e desafios de ensinar aos pequenos duas línguas diferentes ao mesmo tempo? Como usar o ensino bilíngue no desenvolvimento infantil?
O melhor método de educação bilíngue na educação infantil é imergir as crianças em novos vocabulários, sem restringi-las a duras ou únicas tarefas além da língua materna.
As regras típicas especificam o uso de muitas pistas contextuais (imagens, linguagem corporal), separação de idiomas e excelente coordenação e planejamento entre os professores, o que inclui a repetição cuidadosa do vocabulário chave em ambos os idiomas.
É importante frisar que para o aluno entender a outra língua é preciso que o foco continue sendo a língua-mãe. Por isso, o português deve ser sempre a prioridade, trazendo apenas atividades em inglês que possam melhorar a compreensão das crianças.
Afinal de contas, introduzir uma segunda língua na educação infantil é apenas para estimular o desenvolvimento do aluno e não visa somente que ele saia da escola sabendo palavras em inglês por saber. A finalidade de adotar o ensino bilíngue é exatamente aproveitar os benefícios que ele traz para os alunos.
Educação bilíngue: um desenvolvimento à parte
De fato, há diversas pesquisas que apontam que ensinar mais de uma língua às crianças lhes oferecem vantagens sociais, linguísticas e cognitivas. Crianças bilíngues superam alunos da mesma idade que não possuem o mesmo desenvolvimento com outras línguas.
Os pequenos que têm uma educação bilíngue equilibrada compreendem melhor as complexidades da linguagem e são mais hábeis em corrigir erros no significado e na gramática da linguagem.
Eles pensam mais criativamente do que seus colegas monolíngues e entendem os significados sutis das palavras. Também demonstram uma habilidade mais desenvolvida para variar o uso de palavras com base nas necessidades do ouvinte.
Os pais, às vezes, acham que educar seus filhos como bilíngues significará que eles nunca dominarão uma ou outra língua – mas essas não devem ser as preocupações.
De fato, pesquisas mostram que as crianças podem aprender a ler em dois idiomas ao mesmo tempo, em benefício do desempenho em ambos os idiomas. O desenvolvimento infantil das crianças com educação bilíngue se reflete em uma leitura num nível mais alto do que crianças educadas em apenas uma língua.
É crucial assegurar que as duas linguagens de instrução compartilhem o mesmo sistema – alfabético ou visual. Mas o bilinguismo faz mais do que refinar as habilidades linguísticas das crianças – também melhora suas habilidades cognitivas.
Em outras palavras, isso os torna mais capazes de absorver novos conhecimentos e desenvolvê-los mais rapidamente.
Os cérebros das crianças bilíngues equilibradas têm sido desafiados pela aquisição de duas línguas para desenvolver conexões simultâneas entre múltiplas representações de itens, resultando em habilidades cognitivas superiores às dos monolíngues.
Além de uma capacidade natural de entender o conceito de números mais precocemente, estudos extensivos mostram que eles são mais altamente qualificados em testes visuais de resolução de problemas e testes analíticos.
Estudos também afirmam que as vantagens se estendem do desenvolvimento infantil até a velhice – os bilíngues idosos têm um desempenho tão bom quanto os jovens monolíngues.
Em outras palavras, o bilinguismo é um tipo de seguro cerebral, mantendo sua mente aguçada e apta a desenvolver novos conhecimentos.
Independência de linguagem gradual
No pré-jardim de infância, a experiência bilíngue geralmente inclui tradução quase simultânea de informações e instruções, juntamente com muitas músicas, fotos, histórias e jogos em ambos os idiomas.
As crianças podem falar em qualquer contexto, mas são encorajadas a tentar novas palavras e frases de acordo com a sua evolução. Canções, livros, brincadeiras, danças e teatro desempenham um papel importante na experiência da pré-escola.
No jardim de infância e nas séries primárias, a separação entre as línguas aumenta. Uma prática comum é conduzir uma parte das atividades em português e depois repetir tarefas similares em inglês.
As crianças são cuidadosamente introduzidas no novo vocabulário em ambas as línguas, de forma que possam absorver informações facilmente.
É necessário que a criança não veja o estudo bilíngue como uma obrigação, mas sim como algo que o entretenha, sem cobranças. O fato de se apropriar de outro idioma sem se preocupar com os mecanismos linguísticos, confere a ela uma aprendizagem natural e com a vantagem de se ter o desenvolvimento da oratória voltado para os fonemas específicos da língua.
Aos poucos, a nova língua vai fazendo parte de seu dia-a-dia e se transforma em algo natural. Atividades lúdicas como cantar, dançar e desenhar são um grande estímulo para que as crianças desempenham um papel importante no seu próprio crescimento pedagógico.
Sugestões de atividades bilíngues na educação infantil
Junto com a alfabetização, as crianças podem aprender inglês com atividades divertidas e engajadoras. Que tal cantar músicas populares em inglês? Canções do alfabeto e cores, três indiozinhos e outras cantigas infantis. A tecnologia também é uma boa aliada para ensinar novos idiomas de forma interativa!
Livros clássicos em outra língua, como Peter Pan, Chapeuzinho Vermelho e Os Três Porquinhos também são ótimas ferramentas para trabalhar em sala de aula, já que as histórias já são conhecidas no imaginário dos pequenos.
Após dominarem o vocabulário da língua materna, outros exercícios utilizados também podem ser adaptados para o inglês. Como caligrafia, junção de sílabas, rimas, conexão de palavra-imagem e expressões de boa convivência e cidadania.
Lembrando que a escola deve também prestar atenção às novas crianças que iniciam esse programa em um estágio posterior àquelas que já foram inseridas num contexto bilíngue desde o inicio.
É necessário um reforço intensivo para dar um salto à criança no novo idioma, assim como testes mais difíceis no novo idioma devem ser adiados por algum tempo para permitir a criança a chance de alcançar os outros (o que ela certamente fará).
Tudo isso pode ser um assunto de debate nas reuniões pedagógicas da escola e como abordar novas línguas no ensino dos pequenos, com bons planos de aula e um diálogo positivo com os pais.
Vale lembrar que a recepção dos alunos a aprendizagem é o fator que deve ser mais observado, pois será o modo como os professores poderão diagnosticar problemas e avanços da classe.
E então! Vamos buscar inovações para enriquecer o desenvolvimento infantil na sala de aula? 🙂