Ensino Híbrido: unindo online e offline
“Hora da leitura! Liguem os computadores e aguardem a avó Jackie, da Inglaterra”. Ficou estranha essa frase? Calma, você vai entender melhor! É desta forma que o ensino híbrido tem sido feito em escolas da Índia, que estão apostando no modelo tecnologia + internacionalização para tornar o método educativo ainda mais atraente e eficiente para os pequenos.
Conforme já falamos por aqui, a importância da leitura realizada por adultos para crianças se reflete no desenvolvimento cognitivo e não cognitivo das pequenas. Com o avanço tecnológico, essa prática tem se tornado mais dinâmica, a exemplo do projeto “Vovó em Nuvens”, do professor de educação tecnológica Sugata Mitra.
O educador, ao notar que os computadores em sua sala chamavam muito a atenção das crianças que ficavam em frente à sua casa, elaborou um método de leitura onde senhoras leem um clássico da literatura para os pequenos, numa aula não-convencional. Ele pensou na figura da avó porque ela passa segurança e acolhimento, criando uma relação afetiva que fortalece o aprendizado dos alunos. As “avós”, em sua maioria aposentadas, compartilham assuntos sociais e políticos da Grã-Bretanha e conversam sobre as diferenças culturais entre os países. Além de os alunos desenvolverem habilidades de informática durante os encontros, aprendem de forma dinâmica, à distância.
O que este exemplo nos diz sobre a chamada “educação híbrida”? Que conjugar ensino online e offline é uma ótima receita para despertar o interesse dos pequenos em sala. A sala de aula invertida é o pontapé para iniciar esse tipo de ensino e propõe que o aluno estude o conteúdo em casa antes de vê-lo na aula. Seguindo essa linha, é interessante que também saibamos mais sobre os modelos do ensino híbrido, que apresenta quatro tipos principais: Rotação, flex, a la carte e virtual aprimorado.
A rotação consiste na criação, por parte do professor, de espaços de aprendizagem (exemplo: grupos de discussões) e uma atividade online, para que os alunos diversifiquem suas fontes de conhecimento. No modelo flex, os estudantes têm uma lista de atividades online a serem resolvidas de forma personalizada – estando o professor à disposição para quaisquer dúvidas. Já no modelo a la carte, a proposta é que, no mínimo, um curso seja feito totalmente online e que o estudante organize seus próprios estudos. E, no caso do modelo virtual aprimorado, toda a escola divide seu tempo entre o aprendizado online e presencial.
Aplicar os métodos citados acima nas aulas torna-se uma tarefa mais simples quando se tem proximidade com os alunos. Esteja atento aos pequenos, pesquise sobre o universo deles, pergunte o que os interessa no mundo virtual e faça uso dessas informações valiosas. Afinal de contas, uma das maiores viradas de chave do ensino híbrido consiste em proporcionar uma experiência de aprendizado personalizada, que se adapte ao perfil de cada estudante. Vamos nessa? =)