Uma conversa sobre diversidade familiar
A escola e a família são duas importantíssimas instituições que sustentam a formação de uma sociedade. Há séculos realizam a manutenção social de uma determinada cultura, desenvolvendo e criando novos cidadãos para interagir em comunidade. Antigamente a escola era vista como um lugar extremamente rígido e hierárquico, onde predominava a submissão do aluno ao professor. A família tinha perfil exclusivamente patriarcal: homem e mulher – pai sustentando financeiramente o lar e a mãe priorizando os afazeres domésticos e cuidados afetivos com os filhos. Tudo isso já vem mudando há um bom tempo, e, assim como a escola passou a ter sua estrutura repensada, o mesmo deve ser feito em relação à nossa velha concepção de família.
Aqui no Brasil ainda temos uma sociedade bastante conservadora e uma classe política comprometida em aplicar conceitos religiosos em esferas individuais – esquecendo que somos, ao menos em teoria, um estado laico. Esse tipo de ideologia dominante pode ser um motor de discriminação e bullying no ambiente escolar, já que a resistência ao diferente gera hostilidade. Mãe solo, pai solo, duas mães, dois pais… os pequenos precisam, desde cedo, aprender a lidar com isso. A grande discussão é sempre em torno da pergunta: Como trazer à tona um assunto complexo com um público tão jovem?
É interessante que conceitos como afeto e sensibilidade sejam pensados. Relacionar a ideia do afeto com a “missão” de um bom pai e uma boa mãe, que é cuidar amorosamente do seu filho. Refletir sobre a ideia de família, que é oferecer suporte ao desenvolvimento de um ser, acolhendo, protegendo e cuidando. Esses conceitos, abstratos, reforçam que não existe um perfil para desempenhá-los.
Dinâmicas que levem os pequenos a pensarem sobre a beleza das diferenças são sempre muito bem-vindas, ainda mais quando se trata de um tema mais maduro como esse. Uma atividade que é bem legal de fazer e bem simples é pedir fotos da família e perguntar se as crianças recebem carinho, se são felizes. Verão como há vários pais e mães diferentes, mas que eles têm em comum o afeto pelo filho. Outra forma leve de internalizar o tema pode ser pegar uma foto do dia e outra da noite e perguntar para os alunos se eles gostariam que eles fossem iguais, mostrando a importância das diferenças.
Respeitar e contemplar a diversidade começa com pequenas atitudes. Fique atento a elas para ajudar os seus alunos a saberem, desde cedo, que boas atitudes independem de gênero, estado civil ou qualquer outra categoria. 🙂
maria aparecida gomes da silva
29/agosto/2017 @ 20:21
concordo com o texto acima,com os ,comentários,nos exemplos, sobretudo quanto a participação da familia na vida escolar das crianças.
Hoje temos pais cada vez mais jovem se perdendo na educação dos filhos achando que a escola tem mecanismo para educar além do saber ler e escrever.
A família brasileira esta precisando de voltar aos rumos ,por esse motivo necessita de socorro e uma ajuda .
Maria Márcia da silva
25/agosto/2017 @ 10:28
Esse texto é maravilhoso , nos faz refletir sobre a importância da participação
da família na escola .
Eu como professora procuro informar os pais sobre o rendimento dos alunos na escola .
Quando esse aluno não consegui acompanhar a proposta pedagogia da escola temos que conversar com a família e analisar em que sentido a escola pode ajudar esse aluno .
o objetivo é que escola e comunidade trabalham juntos .
um abraço e até breve .
Neuza Maria Pereira Moraes
23/agosto/2017 @ 10:38
Amo ler estes textos, pois faz-me refletir e repensar como agirei da melhor forma possível em sala de aula. Aulas prazerosas para alunados e professores são necessárias, hoje. Abraço!
Carla Cristina Lopes
21/agosto/2017 @ 14:25
Adorei o texto e a forma como foi abordado o tema….
Gratidão porme fazer repensar as diferenças.