Como alfabetizar emocionalmente os alunos
O termo resiliência, na física, é a capacidade de um determinado material retornar ao seu estado natural após ser submetido a uma alta pressão e/ou temperatura.
Na psicologia, o termo é usado para se referir à habilidade que temos de superar adversidades e não ceder à pressão emocional de determinada situação.
Essa característica tem sido requisitada em todos os campos, tanto pessoal, quanto profissional. O RH das empresas tem dado atenção especial a essa qualidade na hora de recrutar um candidato.
Ela é uma das principais competências que integram o conceito de inteligência emocional, que passou a ser um importante componente na formação integral do aluno. Mas, afinal, como trabalhar esse tema com os pequenos?
No caso das crianças, nesse estágio de desenvolvimento a emotividade ainda é muito forte.
Então temos que compreender que a impulsividade ainda predomina sobre o racional e elas ainda não conseguem definir o que sentem, muito menos enquadrar esses sentimentos em categorias.
Como mostrar, então, esse “novo mundo” a elas?
O choro é um bom ponto de partida para começar a trabalhar isso. Sabe quando você não deixa ele ficar com o brinquedo do amiguinho ou diz que é hora de parar a brincadeira para ensinar uma lição?
Brinque com a curiosidade da criança nessa hora! Esse é um bom gancho para levá-la a confrontar sentimentos como raiva, tristeza e ansiedade.
Por exemplo: Ela sabe por quê chora? Como se forma a lágrima? O que sente toda vez que reage daquela forma?
Os “porquês” são amados pelos pequenos. Uma boa forma de frear a emotividade é apelar para essa curiosidade, a fim de distraí-los temporariamente em relação ao sentimento.
Ao mesmo tempo que se distanciam de tal emoção, pensam a respeito dela, tornando-se mais conscientes em relação a si mesmos.
A equipe de Educação da Estante Mágica se inspirou no livro Tenho Monstros na Barriga, da Tonia Casarin, ao criar um projeto voltado para essa temática.
“Meus sentimentos” desenvolve o autoconhecimento, levando o estudante a reconhecer e classificar seus próprios sentimentos, de forma a aprimorar habilidades como autocontrole, empatia e resiliência.
Diante de tantos estímulos, precisamos nos preparar desde cedo para o turbilhão emocional a que somos expostos.
Precisamos pensar o sentir para equilibrarmos nosso mundo interior e exterior – e, dessa forma, cooperarmos para um mundo mais pacífico. Nada melhor do que a sala de aula para iniciar esse aprendizado, né? 😉
Maria Alice Vaz dos Santos
14/agosto/2017 @ 08:25
Sou Orientadora Educacional e tenho tentado trabalhar as emoções com nossos alunos, principalmente com os quintos anos, que atendo semanalmente nas salas de aulas, pois é uma preocupação em função, principalmente da prática do bulliyng.Sei que com a ajuda de vocês irei enriquecer mais o meu trabalho.
Dulce Carrijo
28/agosto/2017 @ 14:50
Tentamos enfatizar todo e qualquer aspecto positivo tanto da personalidade quanto da participação do aluno em sala. Com isto tentamos melhorar a auto estima de cada aluno e mostramos aos outros que todos nós temos o nosso valor. Além do mais, trabalhamos também os valores humanos.