Escola inclusiva impacta várias crianças e transforma mais de 10 PCDs em escritoras
Tornar a sua escola inclusiva é essencial não só para os alunos, mas também para o corpo docente. Isso porque a inclusão ajuda no desenvolvimento igualitário de todas as crianças, assim como garante a jornada de protagonismo de todas elas.
Foi pensando nisso que Christiane Caetano, professora da Escola Dom Pedro II, inscreveu sua turma na Estante Mágica. Dessa forma, ela conseguiu garantir que a experiência de aprendizado deles fosse transformada. Continue lendo para saber mais sobre essa história incrível! ✨
A importância da inclusão na escola
A inclusão no ambiente escolar é muito importante, uma vez que ela busca garantir que todos os alunos, independente de suas diferenças ou necessidades, tenham acesso a uma educação de qualidade.
Uma escola inclusiva, portanto, ajuda na diversidade e permite que alunos de diferentes etnias e características convivam e aprendam juntos. Então, podemos dizer que isso contribui diretamente para a construção de uma sociedade mais igualitária e respeitosa.
A convivência das crianças com seus colegas diversos ajuda no seu desenvolvimento, fortalecendo suas habilidades sociais. Isso promove a compreensão e a empatia.
Por isso, tornar a sua escola inclusiva ajuda no desenvolvimento dos seus alunos e ajuda a formar cidadãos mais alertas aos problemas e desigualdades sociais.
Além disso, dar oportunidades a alunos com deficiência ajuda em sua autoestima e senso de pertencimento. Pois, ao incentivá-los a serem protagonistas de seus projetos e narrativas contribui para a quebra de estigmas e estereótipos.
Então, tornar a escola inclusiva deve ser uma prioridade para todos os gestores e para o corpo docente de forma geral. Assim, toda a comunidade escolar se fortalecerá com mais respeito e igualdade.
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Desafios de uma escola inclusiva
Mesmo que a inclusão seja algo muito necessário, ainda existem muitos empecilhos e um longo caminho a ser percorrido.
Conversamos com Christiane Caetano, professora da Escola Dom Pedro II, em Belém, para falar um pouco sobre as maiores dificuldades de manter uma escola inclusiva.
Para a educadora, o maior desafio é a “falta de credibilidade que o outro coloca no trabalho“. Em outras palavras, ela afirma que o desafio é fazer com que as pessoas vejam os alunos por quem eles são, e não resumi-los às suas deficiências.
Christiane conta que, quando começou o projeto com sua turma e seus 10 alunos PCDs, não recebeu o apoio de diversas pessoas ao seu redor.
Isso porque muitas delas desacreditaram do potencial do trabalho. Elas afirmavam que seria muito difícil trabalhar com crianças com deficiência e fornecer os meios para que escrevessem suas histórias.
Porém, a professora manteve sua vontade de fazer a diferença e seguiu com o projeto mesmo assim. Para ela, é preciso incentivar os alunos e encontrar meios possíveis de sanar suas dificuldades, visando tornar a escola inclusiva.
“A maior dificuldade é você mostrar que qualquer desafio pode ser superado. Basta você conseguir arrumar um jeito de suprir aquela necessidade daquele aluno em específico.”
Então, Christiane conta, que é preciso fazer com que todas as crianças se sintam capazes de realizar seus projetos. Dessa forma, torna a escola inclusiva e garante aos alunos o sentimento de que alcançar seus sonhos é algo possível para eles.
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Superação e amor
Trabalhar um projeto grandioso em sala de aula é um desafio para qualquer educador. Principalmente quando é preciso procurar meios para torná-lo acessível a todos, tornando a escola inclusiva.
Então, Christiane buscou meios de tornar a jornada de cada aluno mais tranquila e acessível. Por exemplo, sua aluna Yasmin, é cega, portanto, a professora precisava encontrar uma forma de ajudá-la a escrever sua história.
Depois de muito pensar, combinou com a aluna que ela escreveria as páginas em Braille. Em seguida, a própria professora digitaria tudo em seu computador.
Dessa forma, Christiane conseguiu dar autonomia à criança e garantiu seu protagonismo, superando as adversidades.
E a educadora conseguia se adaptar para a necessidade de cada aluno. Também dava apoio às crianças do espectro autista que precisavam de locais silenciosos e isolados para escrever seus livros, contando, também, com a parceria dos outros alunos.
Ela fez isso porque sentia que era preciso criar o vínculo de pertencimento de todos eles.
Mesmo os alunos sem deficiência vibravam a cada conquista dos colegas PCDs. A professora conta que era uma celebração a cada passo dado:
“Cada obstáculo vencido virava uma festa. E era uma festa comemorada por todos os alunos, porque um ajudava o outro. Os alunos sem deficiência colaboraram muito com os outros colegas, formando uma linda parceria. Isso é a verdadeira inclusão.”
Por isso, a professora define todo o trabalho com os alunos PCDs em duas palavras: superação e amor. Porque ela conta que havia momentos em que duvidava de si mesma e pensava que não conseguiria levar o projeto até o final.
Porém, o apoio que a Estante Mágica forneceu durante toda a experiência ajudou para ela que seguisse em frente e se dedicasse a tornar sua escola inclusiva. Foi uma parceria e tanto!
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Evento de Autógrafos inesquecível
A professora conta que os alunos ficaram alucinados (no sentido mais positivo da palavra 😂) com o Evento de Autógrafos.
Isso porque, além de autografarem seu trabalho e terem a em peso presença da família, também deram entrevista para a televisão.
O evento foi tão bonito que chamou a atenção de uma emissora local, que cobriu a celebração. O repórter entrevistou não só Christiane, mas também seus alunos e compartilhou um pouco da jornada de alguns deles.
Então, a educadora conta que os alunos estão animados para o próximo ano participando da Estante, porque agora “estão famosos”.
Para os responsáveis, aquele momento significou bastante. Porque a partir dele, começaram a acreditar verdadeiramente no potencial de suas crianças. Christiane acredita que, depois dessa iniciativa, a maneira como as famílias pensam sobre as possíveis limitações das crianças mudou.
Agora, entendem que alguns desafios podem ser superados para que todas as estrelas literárias alcancem seus sonhos.
Conclusão
A jornada de protagonismo das crianças se transforma com a ajuda da Estante Mágica. Isso porque podemos mudar vidas e dar asas à imaginação dos pequenos.
Em resumo, a experiência pode ajudar a tornar a sua escola inclusiva, garantindo a todas as crianças o seu devido protagonismo e que seus sonhos se tornem realidade. Não existe sentimento melhor, não acha?
A história de Christiane é um ótimo exemplo de que os desafios podem, sim, ser superados. Para isso, devemos procurar soluções e meios de torná-los menos complicados. Dessa forma, incluímos todos os alunos nos projetos da comunidade escolar.
Parabéns pelo trabalho incrível!
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