Estante Mágica lança guias pedagógicos assinados por Mara Mansani
*Foto acima feita por Mariana Pekin e retirada do site Nova Escola
Mara Mansani é autora dos guias de aplicação da Estante Mágica, lançados para apoiar professores durante a produção literária de alunos participantes do projeto. Saiba mais sobre a parceria!
A Estante Mágica, o maior projeto de incentivo à leitura do Brasil, acaba de anunciar uma grande parceria com a renomada especialista em alfabetização, ganhadora do Prêmio Educador Nota 10 e formadora de professores Mara Mansani.
A educadora criou os guias de aplicação do projeto, que são documentos de suporte aos professores para orientar e avaliar a produção literária dos alunos participantes da Estante Mágica.
Junto aos projetos temáticos disponibilizados na plataforma da Estante Mágica, que estimulam o desenvolvimento de uma história a partir de um tema central, os guias de aplicação foram criados com o objetivo de mostrar, a partir do projeto, a progressão acadêmica do aluno desde a educação infantil até o ensino fundamental.
Nesta entrevista, Mara Mansani explica detalhadamente o que são esses guias e como eles ajudam a difícil tarefa de avaliação dos alunos. Confira =)
1) O que a motivou a fazer parceria com a Estante Mágica?
Já acompanho a Estante Mágica desde 2017 pela internet, pois é o maior projeto de incentivo à leitura e escrita do Brasil. Como professora, estava por dentro.
Então, eu comungo dos mesmos ideais de educação de qualidade da Estante: de dar protagonismo ao aluno e ver o professor como motivador no processo de aprendizagem.
Faço formação de professor e conheço educadores que realizaram o projeto e o elogiam. Isso me motivou a aceitar a proposta.
2) Qual é o objetivo dos guias de aplicação do projeto?
O guia foi pensado para apoiar o trabalho do professor em sala de aula, fornecendo um passo a passo da produção da narrativa literária do aluno desde a educação infantil até o ensino fundamental 1.
O ponto mais bacana dele é mostrar que é possível tornar o aluno um escritor desde cedo. Imagine um professor de educação infantil ver o pequeno produzir o próprio livro?
No guia, mostramos que é possível as crianças escreverem os próprios livros e isso certamente vai mexer com a cabeça do docente. Mostramos como sensibilizar e inspirar os alunos na produção literária.
3) Como a Estante Mágica impacta a aprendizagem dos alunos?
Quem sabe escrever está muito mais preparado para viver a vida. Imagine uma criança se apropriando dessa linguagem escrita no dia a dia dela?
É nos primeiros anos que se desenvolve o intelectual e cognitivo do indivíduo. Se sentir capaz de ser um autor potencializa o aluno para todas as áreas da vida.
O projeto da Estante Mágica vai muito além de escrever um livro: potencializa a cidadania no aluno, abre um mundo de entendimento.
Portanto, entendo como grande impacto justamente o protagonismo social dado ao estudante.
4) De que maneira o projeto atende as diretrizes da BNCC?
Pensando no objetivo geral de apoiar o professor e transformar crianças em escritoras, imagina pensar isso tudo e o professor chegar em sala de aula e perguntar: “Puxa vida, como farei isso e me adequarei à BNCC?”. O guia mostra todo esse alinhamento.
Não tem nem como dizer que é trabalho extra, pois o documento mostra a curva de aprendizagem desde a educação infantil até o 5º ano, contemplando o que a Base determina como esperado das escolas do Brasil inteiro.
5) O momento de avaliação é um dos maiores desafios dos professores. Como a Estante Mágica auxilia nesse processo por meio dos guias de aplicação?
A avaliação do guia está toda voltada pras habilidades previstas pela BNCC.
O professor tem perguntas de avaliação para compreender o progresso do estudante, como, por exemplo, “Todos os alunos atingiram metas? Eles demonstraram colaboração durante o projeto?”.
O documento traz todos os caminhos em relação aos objetivos do projeto, dando ao professor uma visão técnica sobre o que foi produzido em sala de aula.
6) Muitos perguntam como desenvolver um projeto como o da Estante Mágica, focado em produção textual, com alunos de educação infantil. Qual seria o caminho?
Desde os 2 anos, as crianças são capazes de contar as histórias que são lidas para elas. Imagina com 4, 5 anos?
Elas já são capazes de criar a própria história. A única coisa que precisam é de um facilitador para mostrar que isso e possível. E é essa a missão do professor.
Pensando nisso, o guia começa com a sensibilização dos alunos, o que inclui rodas de leitura, onde as crianças terão contato com boas obras literárias (contos universais, brasileiros).
Esse é o primeiro ponto: criança precisa conhecer para ter modelos de escrita, pois isso irá estimular as crianças. Depois da roda de leitura, é proposta uma roda de conversa., pois precisamos saber o que as crianças pensam.
Uma das grandes falhas de educação é não ouvir as crianças. Elas têm voz e sabem de muita coisa.
E aplicação do projeto na educação infantil prepara terreno fértil para o próprio processo de alfabetização, o que está muito alinhado à BNCC, pois esse processo lúdico já desenvolve o cognitivo para a alfabetização.
Temos que superar esse medo e essa crença que os professores têm de que a educação infantil não produz.
É mais uma questão de aproveitar a imaginação da criança de forma sistêmica e pedagógica através da leitura – o que o guia explica detalhadamente.
7) A formação de leitores é motivada a partir da escrita? Qual é a importância da família nesse contexto de incentivo à leitura e como o projeto da Estante Mágica ajuda nessa questão?
Formação de leitores e escritores é concomitante, elas existem juntas. Não são processos à parte. O projeto mexe com a família, pois desperta a paixão do aluno por escrita. Isso chega nas casas.
A escola tem que pensar na parceria dos pais e encantamento pela leitura e pela escrita. Implicitamente e explicitamente, o guia explica isso.
Através das dicas do documento, as escolas podem enviar livros para a casa e a criança contar aos pais a história que ela criou, o que incentiva a leitura.
No caso da Estante Mágica, o evento de autógrafos é o passo final e a família também se sente autora, pois incentivou o pequeno que escreveu.
E a alegria dos pais não é só orgulho do filho: eles sentem que conduziram o filho nesse caminho. É como se pensassem: “Puxa vida! Meu filho escreveu um livro”. Isso gera muito engajamento.
Quer ter acesso a esse guia feito pela Mara Mansani e outras ferramentas para melhorar a aprendizagem dos alunos? Clique aqui e inscreva-se para participar gratuitamente da Estante Mágica, o maior projeto de incentivo à leitura do Brasil.