Como família e escola podem combater o bullying juntas?
Recorrente principalmente no ambiente escolar, as práticas de bullying são algo que devem sempre estar na mira dos professores e pais. E como a família e a escola podem se unir para combater o bullying?
Como em outras situações, a construção de um bom diálogo e um relacionamento de confiança é o principal ponto de partida.
As escolas podem ser muito mais eficazes quando os pais denunciam o bullying e apoiam seus esforços para lidar com ele.
Se os pais e familiares trabalharem em conjunto com a escola, esta será a melhor maneira de ajudar o aluno a resolver problemas de bullying. E é essencial que todos estejam dispostos a resolver a situação da melhor maneira possível.
Por isso, confira algumas dicas para pais, ao lado dos educadores, se juntarem para combater o bullying no ambiente escolar 😉
Passos para entrar em contato com a escola e todo o procedimento:
• Permaneça calmo e se concentre em ser construtivo, apresentando minuciosamente os relatos do estudante;
• Verifique o site da sua escola para obter informações sobre sua política ou procedimentos para gerenciar o bullying;
• Disponibilize um tempo para conversar com o professor, o conselheiro da escola ou o responsável pela orientação pedagógica;
• Consulte as anotações para ser o mais claro possível sobre o que aconteceu e escreva notas das discussões com o professor ou outro funcionário;
• Pergunte quais passos serão dados e se um plano será desenvolvido com estratégias domésticas e escolares;
• Reconheça que investigar a situação na escola exigirá tempo;
• Mantenha um registro escrito de quando você contatou a escola, com quem você falou, e quaisquer acordos que foram feitos;
• Fique em contato com o professor e avise-o se os problemas continuarem ou se algo novo acontecer;
• Se não conseguir uma solução satisfatória com o professor da turma ou com o orientador, marque uma reunião para se encontrar com o vice-diretor ou o diretor.
Quanto a escola, em uma reunião com o aluno e os responsáveis, o educador – pode ser o professor e/ou o diretor da instituição – podem se basear em perguntas como:
• Há quanto tempo o bullying está acontecendo?
• O que vem acontecendo?
• Onde está acontecendo?
• Quem estava envolvido?
• Os outros alunos estavam por perto na época?
• Como isso está afetando a criança?
• A criança contou a um professor ou a qualquer outro adulto?
Todos os passos sugeridos acima são atitudes que devem ser tomadas após os casos de bullying, mas é importante que a prática seja evitada, com uma boa campanha e engajamento dos pais e a escola.
O assunto deve sempre ser uma das prioridades a ser tratada em sala de aula e debates, estimulando atitudes e consciência para combater o bullying.
As escolas são o principal local onde o bullying pode acontecer. Ajudar a estabelecer um clima escolar favorável e seguro, onde todos os alunos são aceitos e sabem como reagir quando o bullying acontece, é fundamental.
Por isso, é necessário que a escola, ao lado dos familiares, proponha sempre discussões abertas para os alunos sobre o assunto. Ambos são responsáveis por criar um espaço de comunicação positiva, onde todos sabem interagir civilizadamente.
Assim, para combater o bullying é necessário que a escola – e os pais:
1) Saibam o que é o bullying e o que não é. Muitos comportamentos que se parecem com o bullying podem ser tão sérios, mas podem exigir diferentes estratégias de resposta. Você também pode aprender sobre o que procurar como sinais de alerta de que alguns de seus alunos podem estar envolvidos em bullying e que podem estar em maior risco de estarem envolvidos. Saiba sobre considerações especiais para grupos específicos.
2) Estabeleçam um clima escolar seguro. Geralmente, o primeiro passo para prevenir o bullying é garantir que os alunos, professores e administradores sejam educados sobre o bullying.
3) Aprendam a envolver jovens na construção de um clima escolar positivo. Aprender a falar sobre o bullying com a juventude é um passo crítico.
4) Conheçam as suas obrigações de acordo com a lei anti-bullying. Aprenda também sobre as leis federais que exigem que as escolas abordem o assédio com base em raça, cor, nacionalidade, sexo e deficiências.
Trabalhe para estabelecer regras e políticas que ajudem a toda a comunidade escolar a conhecer as expectativas em torno do bullying e os procedimentos para denunciar e investigar quando algo acontecer.
5) Avaliem o bullying na escola e entendam como ela se compara às taxas nacionais de bullying.
6) Respondam quando o assédio moral acontece. É necessário pará-lo no local, descobrir o que aconteceu e apoiar todos os alunos envolvidos.
7) Tomem cuidado com orientações erradas nas estratégias de prevenção e resposta ao bullying. Pesquise e procure sempre casos e suas soluções.
Buscar inspirações para combater o bullying pode ser um dos mais essenciais passos que tanto a escola quanto os pais podem tomar.
Filmes como Extraordinário e datas especiais que funcionam como um lembrete do tema são ótimas ferramentas para pensar em inovações e novos métodos em relação ao problema.
É importante também que os educadores e pais usem artifícios interessantes para prender a atenção dos alunos quanto ao assunto.
Ambos podem abordar o tema com filmes, desenhos e livros, como Ponte para Terabítia, Universidade Monstros e o mesmo a clássica história do Patinho Feio.
Essas narrativas são ótimas para criar uma reflexão na sala de aula ou em casa. As crianças e jovens podem achar mais interessante e se envolver mais no assunto.
Também aproximam os pais à realidade dos alunos e faz com que eles tenham mais atenção a pequenos detalhes comportamentais.
Além disso, incentiva os responsáveis a serem sensíveis ao que seus filhos estão vivenciando e ajudá-los a encontrar maneiras de desenvolver bons relacionamentos por meio de uma boa comunicação. Tudo isso pode ajudar muito a reconhecer e abordar os problemas de comportamento agressivo assim que eles surgirem.
E mais: todo o trabalho em conjunto traz enormes benefícios para todos os envolvidos – principalmente, é claro, para os alunos.
Com toda a ajuda, eles são capazes de desenvolverem melhor habilidades socioemocionais e regras de convivência, tornando-se indivíduos mais confiantes, empáticos e criativos.
Vamos nos mobilizar para tornar o combate ao bullying nas escolas cada vez mais eficaz?
ivonte p carvalho pereira carvalho
22/maio/2018 @ 23:51
Amei, pois estamos realizando este projeto na escola.