Educação inovadora: as principais tendências apontadas na Bett Educar!
BNCC, cultura maker e neurociência. Muita inovação, certo? E isso tudo já está no radar das escolas brasileiras! Essas tendências da educação inovadora foram debatidas por palestrantes na Bett Educar 2018, que teve como principais eixos temáticos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Reforma do Ensino Médio.
Nós estivemos no evento, apresentando como a Estante Mágica aproxima crianças do mundo literário, e compilamos os principais temas debatidos no maior encontro de educação do ano! Fique por dentro 😉
Maker, a grande tendência de uma educação inovadora
Como já falamos por aqui, o movimento maker é uma das grandes tendências educacionais. Ele retoma a ideia de aprender colocando a mão na massa, fazendo com que os alunos criem objetos, soluções e materiais para o seu próprio aprendizado.
Embora seja bastante atrelada à tecnologia, a premissa da cultura maker é o processo de criação – que pode acontecer com ou sem grandes recursos. Ser maker é ter contato direto com a experiência criativa, conduzindo desde a concepção até concretização de um produto.
Esse produto pode ser tanto um brinquedo quanto um game educativo. Já imaginou, por exemplo, que é possível criar carrinhos usando caixinhas de achocolatado, barbante e tampas de garrafa? Com apenas isso, é possível ter contato com o que o movimento maker propõe e, assim, desenvolver uma educação inovadora na escola.
BNCC, competências socioemocionais e formação integral do aluno
Mais de 80% dos empregos de 2030 ainda não existem. E mais de 5 milhões de empregos que existem hoje devem deixar de existir nos próximos 5 anos. O que esses dados nos trazem é: precisamos saber lidar com um cenário de incertezas. E, para ter essa preparação, é necessário inteligência emocional.
Por isso, uma das principais discussões trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o desenvolvimento de competências socioemocionais em sala de aula.
Autoconhecimento, autocontrole, empatia, cooperação e criatividade são algumas das qualidades estimuladas por essas competências. Mencionadas entre as 10 gerais da BNCC, elas se consolidam como imprescindíveis à formação do estudante contemporâneo.
Para garantir uma educação inovadora, é necessário conciliar razão e emoção para que os jovens estejam preparados pessoal e profissionalmente para atuar no mundo atual.
Na Bett Educar, startups apresentaram ideias para auxiliar os educadores nesse processo. A Nuvem9 Brasil, por exemplo, oferece projetos pedagógicos para educação emocional. Valores humanos como gentileza e honestidade são desenvolvidos pelos materiais, que são disponibilizados para cada estudante.
A Estante Mágica, plataforma gratuita para escolas, também oferece projetos que auxiliam no ensino dessas competências. Os educadores que participam da plataforma têm acesso a diversos projetos pedagógicos que trabalham competências como colaboração e empatia, relacionadas à inteligência emocional.
Nessa desafiante e importante missão de educar emocionalmente os estudantes, novos projetos têm surgido para apoiar as escolas. Agora, é ficar de olho nesse mercado em crescimento!
A importância do ensino bilíngue nas escolas
O ensino de novos idiomas nas escolas já vem sendo discutido há anos, mas ganhou força com a aprovação da BNCC. Agora, o ensino do inglês é obrigatório ao ensino fundamental II e ensino médio de todas as escolas brasileiras.
Não à toa: pesquisas, como uma realizada por cientistas da Northwestern University, apontam que falar mais de um idioma é uma espécia de ginástica mental – traz benefícios como maior concentração, seleção e codificação do som.
As dúvidas comuns quanto a essa novidade dizem respeito à especialização do professor e à forma como o novo idioma será ensinado.
Aos educadores, cursos profissionalizantes (de curta duração ou pós-graduação) são essenciais. E as escolas também devem colaborar para essa atualização com programas e treinamentos adequados à formação de cada docente.
Para auxiliar nesse processo, plataformas como a Edify oferecem como soluções materiais pedagógicos bilíngues integrados ao currículo escolar.
Além de desenvolver o vocabulário em inglês, a escola estará trabalhando outras habilidades paralelamente, por meio de metodologias como a aprendizagem baseada em projetos.
Neurociência como facilitadora da aprendizagem
E como entender o processo de aprendizado sem mencionar a neurociência? É por isso que esse ramo tem sido cada vez mais estudado. Com tantos estímulos e tantas formas de adquirir conhecimento, torna-se essencial entender a dinâmica cerebral para maximizar o trabalho cognitivo.
A neurociência, que abarca mais de um campo, nos ajuda a compreender o funcionamento cognitivo e não-cognitivo dos indivíduos. Ou seja: tal conhecimento pode auxiliar você, educador, a formular planos de aula mais assertivos.
Por ser uma área complexa e ainda nova para muitos, a neurociência foi debatida sob uma ótica mais teórica e didática. Afinal de contas, é preciso conhecer para a aplicar.
Na Bett Educar, a Supera, uma das expositoras do evento, apresentou seu programa, que aplica um método de aprendizado pautado em estudos neurocientíficos. O objetivo é melhorar a performance acadêmica do estudante a partir dessa abordagem.
O educador do século 21
Na Bett Educar, todos os debates levaram a um ponto principal: a nova forma de educar no século 21. Quando falamos nisso, a inovação é, muitas vezes, associada unicamente à tecnologia.
Mas o que pudemos observar na feira é que inovar está muito mais ligado a uma atitude mental, uma predisposição de investir em algo diferente, do que propriamente ao instrumento utilizado para atingir esse objetivo.
O sistema educacional pede criatividade, participação ativa dos alunos, espírito colaborativo, liderança, senso crítico e empreendedorismo.
Muito além de incorporar novas tecnologias ao cotidiano escolar, o educador do século 21 precisa ter uma visão íntegra e abrangente, sabendo conectar o que é ensinado aos desafios mundanos encontrados fora da sala de aula.
Para isso, é essencial que ele centralize o aprendizado no aluno, fazendo com que ele seja protagonista no processo de aprendizado. Se antes a produção de conteúdo era pouco explorada pelos estudantes, agora a ideia é que isso mude. Nesse sentido, a aprendizagem baseada em projetos é um excelente caminho para o docente.
O educador deve se enxergar como um mediador, uma espécie de mentor, que está potencializando os conhecimentos dos alunos.
Não mais um detentor de conhecimentos, mas sim um líder que possibilita um aprendizado significativo. É esse o caminho para uma educação inovadora.
Na Bett Educar, o sinal foi claro: novos tempos, novas metodologias e novas formas de ensinar. Programação, design thinking, cultura digital… os caminhos são vários e o aprendizado é certo.
E você? Já começou a executar a educação do futuro hoje na sua escola? 😉