Série Adolescência: 3 motivos imperdíveis para educadores assistirem
A Série Adolescência, sucesso recente da Netflix, tem provocado reflexões importantes sobre o universo juvenil.
Em um cenário de múltiplos desafios emocionais, sociais e digitais, compreender o que se passa na vida dos adolescentes tornou-se essencial. E isso ganha uma força especial para quem atua na educação.
Willmann Costa, Doutor e Mestre em Psicanálise, Saúde & Sociedade, especialista em educação socioemocional e Gerente de Educação da Estante Mágica, compartilhou em um Reels inspirador 3 motivos indispensáveis para educadores assistirem à série.
Neste post, ampliamos essa mensagem, reforçando sua importância no ambiente escolar.
3 motivos para educadores assistirem a série Adolescência
1. Entender o que seus alunos enfrentam
Primeiramente, quem atua na educação precisa compreender que a adolescência é marcada por intensas transformações e vulnerabilidades.
Saúde mental, bullying, sexualidade, insegurança e pressões digitais são temas centrais da série e da vida de milhares de jovens nas escolas.
Willmann destaca que, ao assistir à série, educadores conseguem acessar a complexidade do que está em jogo na formação desses alunos.
Ao compreender essas vivências, o olhar pedagógico se torna mais empático. E dessa forma, mais preparado para oferecer o suporte emocional que tantos adolescentes precisam.
Não se trata de ter todas as respostas, mas de ser um ponto seguro de escuta e orientação.
2. Repensar o papel da escola
A série também convida à autorreflexão sobre o papel da escola na vida do aluno. Em muitos momentos, o ambiente escolar aparece como um espaço de dor, seja pela exclusão, pela rigidez ou pela ausência de diálogo.
Para o especialista, essa é uma oportunidade valiosa para rever práticas e estruturas. “A série nos faz questionar como o ambiente escolar pode impactar a vida dos nossos estudantes proporcionando uma oportunidade de criarmos abordagens mais acolhedoras e eficazes”, afirma.
A mudança começa por quem está na linha de frente: os educadores.
3. Falar a língua dos adolescentes
Compreender os símbolos, os códigos e as linguagens que os jovens utilizam é uma ponte poderosa para o diálogo.
A minissérie apresenta expressões e vivências que fazem parte do cotidiano de muitos alunos. Por exemplo: os fóruns incel, as dinâmicas de redes sociais e os sinais silenciosos de sofrimento.
Willmann ressalta que, ao se aproximar dessa linguagem, o educador ganha sensibilidade para perceber sinais de alerta, se comunicar com mais eficácia.
Isso não significa se tornar um “adolescente”, mas estar disposto a escutar e aprender com esse universo.
Conclusão
Mais do que entretenimento, assistir à Série Adolescência é um convite à escuta. E além disso, ao cuidado e ao compromisso com uma educação mais humana.
Afinal, cada episódio é um espelho de histórias reais que atravessam nossas salas de aula todos os dias.
Por isso, refletir sobre elas nos ajuda a reconhecer dores muitas vezes silenciadas. E também a repensar práticas que podem (mesmo sem intenção) excluir ou machucar, e sobretudo, construir pontes mais genuínas com nossos alunos.
Portanto, ver a essa série é também uma forma de atualização profissional. Daquelas que não cabem em apostilas ou formações tradicionais, mas que transformam a maneira como educamos, escutamos e acolhemos.
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