Prêmio Educador Mágico 2023: Finalista Alexandra Rodrigues de Souza Alves
Alexandra Rodrigues de Souza Alves, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Portugal, de Cachoeirinha/RS, é finalista na categoria Aplicação Mágica do Prêmio Educador Mágico 2023. Saiba mais sobre a sua experiência:
A MÁGICA DE CRIAR ESCRITORES
Há mais de vinte anos em sala de aula, como eu, professora de alfabetização e séries iniciais, corremos o risco de cair na mesmice, no tédio de um dia a dia rotineiro.
Buscamos pesquisar para trazer novidades, e assim conquistar o interesse das crianças, o vislumbre de uma aprendizagem prazerosa e motivadora. Mas nem sempre isso acontece. Às vezes, o medo do fracasso, os problemas que nos cercam nos fazem cair no erro do mesmo e mais do mesmo todos os dias.
O projeto da Estante Mágica trouxe uma nova perspectiva de inovação: uma novidade que brilhou nos olhos dos alunos quando lhes mostramos o que seria o resultado da sua dedicação, da sua imaginação.
No início, nós professores, temos medo do trabalho extra, porque nossa função já é desgastante e pesadamente estressante. Será que não será somente mais uma tarefa para nos exacerbar?
Resolvemos chamar as famílias para apresentar a proposta e debater a aceitação. Imediatamente concordaram. Não sei se conseguimos introjetar em cada um o entusiasmo que estávamos sentindo, mas tentamos…
Já diretamente com os alunos é mais fácil. Para a criança, mesmo as de onze anos, que é o grupo com quem trabalho, num quinto ano muito ativo e inteligente, toda a novidade é bem vinda, toda a oportunidade de fazer algo diferente é aceita na hora!
Passamos os vídeos que explicavam o projeto, mostramos alguns livros que outros alunos fizeram em outros momentos e destacamos que cada um se tornaria um escritor. Agora, poderiam ter em mãos uma historinha mágica criada por si mesmo, para sempre.
Também achamos que se criássemos mais um tempero no projeto, poderíamos ter ainda mais engajamento. Foi daí que surgiu a ideia de criarmos uma página no Facebook mostrando o dia a dia da participação de todas as turmas, como um diário, um relato do passo a passo para o sucesso, onde os pais acompanhariam o andamento do projeto de casa.
A ideia era tudo ser registrado: as reuniões com os pais, a preparação das crianças lendo histórias em casa e na escola, treinando ilustrações, criando redações e estudando como escrever narrativas.
O passo seguinte foi pensar em como tornar acessível, numa comunidade pobre, que cada criança tivesse seu livro físico. Assim surgiu a ideia de uma rifa na comunidade. Os valores arrecadados patrocinarão a aquisição do livro físico a cada aluno participante, várias famílias ofereceram-se para doar os brindes. Estão magicamente entusiasmados!
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