Neuroeducação: o que é e por que sua escola deve conhecer!
A educação é um campo de eternos testes e mudanças, pois sempre procura-se novas maneiras de aprimorar a aprendizagem dos alunos e priorizá-los como protagonistas do processo. E um dos novos métodos pensados e em debate no momento é a neuroeducação. Mas o que é a neuroeducação? De onde ela advém?
Na verdade, como o nome já diz, é uma mistura da neurociência aplicada nos ensinamentos pedagógicos. Uma união que busca mesclar o melhor dos dois estudos e aplicar com os estudantes em sala de aula. ?
Lembrando que a neurociência incorpora química, biologia, física, psicologia e engenharia e ajuda a explicar como o pensamento funciona e o que sabemos sobre o comportamento humano e a motivação.
Ao nutrir um fluxo livre de informações entre pesquisadores e professores, o novo campo da neuroeducação busca estruturar as salas de aula para uma aprendizagem ideal dos alunos.
A neuroeducação é uma disciplina nascente que procura mesclar os campos coletivos da neurociência, psicologia, ciência cognitiva e educação para criar uma melhor compreensão de como aprendemos e como essa informação pode ser usada para criar métodos de ensino, currículos e gestões escolares mais eficazes, criando ou adaptando uma política educacional.
Embora ainda esteja em sua infância como disciplina de pesquisa, essa iniciativa já está abrindo novos diálogos críticos entre professores, administradores, pais e cientistas que estudam o cérebro e seus funcionamentos.
E como seriam as escolas se aplicassem efetivamente a pesquisa em neurociência na sala de aula? Os estudantes teriam a oportunidade de resolver problemas reais.
Os professores ofereceriam melhores explicações para o que eles estão pedindo aos alunos e ofereceriam aos estudantes opções sobre como satisfazer as exigências acadêmicas.
Todos os envolvidos irão ver resultados mais amplos para as crianças do que apenas os resultados dos testes. Provavelmente, o mais importante, todos os alunos seriam levados a se sentir valorizados e mostrariam que têm uma contribuição única a ser feita.
Esses desenvolvimentos podem não apenas ajudar a melhorar o aprendizado em alunos que demandam mais recursos pedagógicos, mas também podem melhorar as habilidades de memória e de linguagem em todos os estudantes, independentemente de sua capacidade.
Os educadores de todo o mundo estão incentivando cada vez mais os administradores escolares a abandonar a aprendizagem baseada em memorização para programas que pedem aos alunos que resolvam problemas, pensem criticamente e explorem a criatividade.
Esses métodos não apenas constroem conhecimento, mas também aprimoram e constroem caminhos cerebrais, preparando o cérebro para o futuro e novas experiências educativas.
Ou seja, a neuroeducação busca:
• Mudar o modo como as crianças estudam: o entendimento do cérebro está levando a percepções notáveis sobre como as memórias são formadas e como acessam essas memórias.
Esses insights estão levando a novas abordagens para ajudar as crianças a estudar e aprender.
• Misturar músicas, linguagens e mente: a neurociência mostra que aprender a tocar um instrumento ou aprender sobre notas, ritmo e música pode ter um impacto dramático na forma como o cérebro se desenvolve.
Mas o avanço está em entender por que isso acontece, já que o cérebro tem capacidade de criar novas conexões, como com a música, e o impacto dessas conexões é o aumento de QI, memória e atenção.
• Apresentar a vantagem da educação bilíngue: semelhante à música, aprender uma segunda língua tem um impacto direto sobre como o cérebro se desenvolve e cresce.
E o impacto pode ser excelente. Uma criança que aprendeu inglês e francês terá um desempenho melhor do que uma criança que cresceu aprendendo apenas sua língua materna.
• Mostrar a importante participação dos pais e responsáveis: O que uma criança faz na escola anda de mãos dadas com o que acontece em casa.
As vantagens no cérebro de um grande programa escolar, por exemplo, só são plenamente percebidas quando os pais também desempenham um papel no desenvolvimento de seus filhos.
• Reafirmar o aprendizado social: os seres humanos são criaturas sociais, por isso não é de surpreender que a neurociência cause um efeito positivo das experiências de aprendizagem social.
O ensino em grupos pode ajudar a reduzir a ansiedade, insegurança e a aprender a respeitar o tempo e opinião alheia.
• Tornar a aprendizagem divertida: cada vez mais, a neurociência está demonstrando a importância de tornar o aprendizado uma experiência divertida e positiva.
Experiências prazerosas fazem com que o corpo libere dopamina, o que, por sua vez, ajuda o cérebro a lembrar-se dos fatos.
Muitos alunos relatam sentir afinidade por assuntos como matemática e ciências após terem aulas baseadas em jogos e dinâmicas práticas.
Pesquisas recentes também mostraram o quanto de uma experiência emocional a aprendizagem pode ser. Estados emocionais negativos como medo, ansiedade, vergonha ou preocupação, podem tornar mais difícil ou impossível para os alunos raciocinar, aprender ou armazenar novas memórias.
Esses dados enfatizam ainda mais a necessidade de desenvolver ambientes de aprendizado que não sejam apenas divertidos, mas que também sejam locais seguros e positivos para os alunos.
Além disso, é importante ressaltar como a educação artística e a inclusão da tecnologia nas sala de aulas se tornam cada vez mais ferramentas essenciais para ajudar as crianças a aprender.
À medida que a neuroeducação reformula as questões mais essenciais da educação, as artes e as tecnologias estão preparadas para ajudar a fornecer novas respostas.
Desta forma, com o desenvolvimento desta disciplina, as escolas devem emergir para incentivar o diálogo e orientar a colaboração, concentrando-se estrategicamente na melhoria de quatro componentes principais do sistema educacional: preparação de professores, currículo, pedagogia e gestão escolar.
O campo da neuroeducação é novo, mas, a julgar pela participação de educadores no Brasil e por ter sido um dos temas focais da Bett Educar deste ano, há um enorme interesse na promessa que o método oferece de repensar como educar os alunos.
Por isso, assim como outras maneiras de ensinar, os educadores devem procurar sobre e entender como aplica-las podem trazer benefícios para a sua escola e o crescimento educacional dos estudantes.
Vamos refletir sobre novas melhorias a partir da ciência? ?
Antônia Maria
02/julho/2018 @ 00:01
Interessante é motivador para os dias atuais
Márcia Grei
24/junho/2018 @ 01:31
Gostei muito dessa informação.
Maria Arlinda Reis de M . Freitas
23/junho/2018 @ 16:22
Segue meu E-mail para trocas de informações: mariarlinda@hotmail.com
Maria Arlinda Reis de M . Freitas
23/junho/2018 @ 16:20
Excelente! Tomei conhecimento do assunto ao ler este artigo. interessei- me por aprofundar estudos sobre a matéria. Na medida do possível, mandem-me links e indicações de livros e textos!
Alison Thiago Rodrigues Lima
23/junho/2018 @ 14:07
A neurociência busca uma educação significativa e que coloca os seus agentes a par de suas responsabilidades, e isso torna o processo inclusivo e emergente do saber em questão, aprimorando habilidades e competências.
Vera Lucia Mozzer de Oliveira
22/junho/2018 @ 21:04
Amei.. Vale a pena nós professores nos aprofundarmos neste campo da neuroeducação!!!