Maternidade e pedagogia: ser mãe e a arte de educar
Hoje, 20 de maio, comemora-se o dia do pedagogo. E a data traz uma reflexão: será que a mãe pode ajudar o filho a desde pequeno desenvolver habilidades motoras, emocionais e ajudá-lo a ser uma criança mais desenvolvida na escola? Será que existe alguma relação entre maternidade e pedagogia?
Como mãe e estudante de pedagogia, vejo que sim. Consigo observar como diversos aspectos do desenvolvimento infantil são desenvolvidos a partir da maneira que a criança foi estimulada em casa.
A escola tem um papel fundamental no aprendizado da criança, porém o primeiro e principal aprendizado vem de casa. O papel da família é indispensável a um pleno e saudável desenvolvimento infantil. Portanto, a parceira entre família e escola faz a combinação perfeita. E como nós, pais, podemos fazer nossa parte nessa questão?
Primeiro, temos que levar em consideração que cada criança tem o seu desenvolvimento e nenhuma nasce uma folha em branco. Elas têm uma personalidade e preferências e nós, como cuidadores, podemos dar alguma ajudinha para que tenham mais facilidade no futuro com a tomada de decisões ou quando entrarem na escola.
E uma parte que é muito importante para o desenvolvimento infantil é o afeto, a segurança de se sentir cuidado e amado. Isso faz com que a criança seja segura e que saiba que mesmo nos erros elas não serão julgadas, mas sim acolhidas.
Com isso, elas não terão medo de tentar, fazendo com que se tornem alunos autoconfiantes, e que arriscam para aprender. Essa segurança é algo que deixa uma base por toda a vida, desde o primeiro dia de aula até a sua vida como adulta.
O papel de pais e professores tem semelhanças e os pais, muitas vezes sem saber, ensinam diversas habilidades para o filho, como, por exemplo, a fala. Quando a mãe fala com uma voz melódica e pausadamente, isso já é um exercício que ajuda o bebê a futuramente falar.
O bebê consegue observar todo o movimento da boca. A voz em tom mais doce remete a sentimento, o que faz com que seja algo prazeroso, e aprendido mais rápido; a brincadeira de se esconder e aparecer para o bebê que fazemos muito ajuda em uma fase importante do desenvolvimento, que faz com que a criança entenda que quando a mãe sair de suas vistas ela vai voltar.
As diferentes texturas e cores que oferecemos de brinquedos como, por exemplo, chocalhos, é uma ótima forma de desenvolver a coordenação, a ação e consequência. As crianças aprendem que se balançarem determinado objeto produzirão um som.
Deixá-las brincarem com as panelas, vasilhas, colher de madeira, é um mundo incrível aos olhos delas. Diferentes texturas, barulhos… tudo à volta de uma criança tem algum aprendizado. Elas aprendem a partir dos 5 sentidos, logo, quanto maior possível a área de exploração maior o aprendizado.
Mesmo a professora ou pedagoga tendo uma parte mais formal no processo de aprendizado, podemos observar que o primeiro contato com um mundo de conhecimento começa, e continua por toda a vida não somente na escola, mas sim em casa.
Desde que o bebê nasce os pais ensinam diversos conhecimentos e habilidades, logo o papel da família e de uma professora se entrelaçam e faz com que o desenvolvimento da criança seja harmonioso e rico em aprendizado.
Jheniffer Portugal é mãe, educadora parental certificada pela Positive Discipline Association e estudante de pedagogia. Criadora da página Abra a Caixa, que aposta no lúdico e na inteligência emocional para a formação integral das crianças.
Meire Angela Bertochi Veronese
21/maio/2018 @ 13:41
Muito bem! As afirmações que encontrei aqui coincidem com o que acreditamos como escola.
Nós acolhemos nossos alunos e nos comprometemos com eles e co suas famílias no sentido de contribuir
com a formação desse aluno, acreditando sempre que os pais são os primeiros professores. São os educadores por excelência.