Formação de leitores no século 21: o que os educadores precisam saber
A formação de leitores na atualidade pede um olhar inovador para conquistar a população mais jovem. Entenda, neste texto, o que fazer para ter sucesso nessa missão!
Novas demandas e diferentes rotinas pedagógicas estão cada vez mais presentes no mundo educacional. E isso impacta diretamente a formação de leitores no século 21.
Mas, afinal, qual é a chave para ter sucesso em formar leitores? O que fazer para aproximar jovens da literatura?
O primeiro passo é compreender que o hábito da leitura mudou com o tempo. E, hoje em dia, é indispensável levar em conta a personalidade de cada leitor para atrai-lo para a leitura de um determinado livro.
Vivemos em um estilo de vida que nossa atenção é requisitada todo o tempo, com imagens, sons, vídeos e leituras, muitas vezes, rápidas.
E fazer um novo leitor recorrer somente a livros clássicos pode ser um dos primeiros erros, já que a linguagem desse tipo de livro, por ser antiga, pode acabar por distanciar o jovem.
Ainda persiste, no imaginário social, uma resistência em reconhecer outros gêneros, como narrativas de ficção, romance e aventuras, um tipo de literatura.
Os livros adotados nas escolas são, em sua maioria, apenas os considerados “literários”.
Autores como Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos são bastante explorados, enquanto novos autores e aqueles que estão se dirigindo diretamente para o público que está se formando como leitor são deixados de lado.
É claro que clássicos da literatura brasileira devem sempre ser trabalhados, mas os educadores devem também prestar atenção ao que está sendo produzido no momento.
Quais são os novos autores? Quais são os temas mais escritos e que as crianças e jovens estão lendo? O que a geração atual está procurando?
É preciso que haja um novo olhar sobre a formação dos leitores e suas ferramentas. Por isso, é necessário observar os livros de autores nacionais e internacionais que os estudantes estão lendo.
Procure sempre se atualizar sobre as novidades nas livrarias e bibliotecas.
Pense também na biblioteca da escola e seus acervos. É importante que haja desde títulos clássicos a atuais e em alta, pois esses serão o atrativo para os novos leitores.
E mais: organize eventos literários, planeje uma semana da literatura com personagens e fantasias, convide os autores para a escola.
É muito provável que o interesse pela leitura vá aumentar e, consequentemente, o leque de opções para atividades, novas leituras e aprofundamento da formação.
Até mesmo direcionamentos personalizados para cada aluno podem ser feitos ao longo do tempo. Cada pessoa tem um interesse e existem vários gêneros literários que podem ser estimulados a serem explorados.
Dessa maneira, a escola terá transformado a experiência de leitura nas salas de aula em algo divertido – e também estará priorizando a leitura como atividade principal, independentemente do tipo de obra lida.
A hierarquização de valor de leitura deve ser esquecido e a formação de leitores pensada com múltiplas plataformas – incluindo a leitura digital.
Educar e conscientizar a leitura digital pode ser uma das vertentes das escolas quanto à formação de leitores nas salas de aula.
Assim como a gamificação, os professores podem aproveitar as tecnologias disponíveis para ensinar sobre a possibilidade de ler livros em tablets, computadores e aparelhos próprios para leitura e como equilibrá-la.
Incentivar o uso de e-books traz vantagens, como melhorias na habilidade de leitura e concentração, assim como o incentivo a leitores relutantes a descobrir uma nova paixão pela palavra escrita.
Por isso, os educadores podem também apostar em aplicativos e sites que ofereçam uma biblioteca online de livros para crianças e jovens.
É uma forma de aproximar a realidade digital dos alunos com a escola e deixar o hábito de leitura mais prazeroso e atrativo.
Além disso, todos esses processos para formação de leitores resultam em habilidades extremamente importante para o desenvolvimento dos estudantes.
Com a leitura, os alunos estão propensos a evoluir com a criatividade, o pensamento crítico e autonomia.
E mais: a leitura leva a perguntas sobre o livro e as informações contidas nele. Dá ao aluno a chance de falar sobre o que está acontecendo e usar isso como uma experiência de aprendizado.
Pode também desenvolver interesse em diferentes culturas ou idiomas. Não há nada melhor em ver uma criança que adora aprender.
Resumindo: leva a tudo o que queremos no desenvolvimento dos estudantes, como curiosidade, engajamento e autonomia.
E, de quebra, constrói diversas habilidades importantes, como as citadas na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).
Vale lembrar também da importância da leitura na educação infantil e como ela é imprescindível para a formação de bons leitores e de cidadãos mais conscientes e críticos.
Por isso, o incentivo dos pais e da escola é fundamental ao hábito de leitura e a preocupação em buscar melhores métodos e ferramentas.
E vocês, educadores e escolas, como se preparam para a formação de leitores no século 21? 😉