Excesso de telas: principais impactos emocionais na formação dos jovens
O excesso de telas tem se tornado uma preocupação crescente no cenário educacional. Por isso, compreender seus impactos é essencial para minimizar os danos à saúde emocional dos estudantes.
Essa realidade afeta a dinâmica escolar: alunos mais ansiosos, com dificuldades de concentração e menor interação social. Diante desse cenário, é fundamental buscar estratégias para equilibrar o uso da tecnologia.
Mas como lidar com esse desafio? Confira 3 dos principais impactos emocionais do excesso de telas, com dicas práticas para auxiliar educadores no dia a dia.
1. Aumento da ansiedade e impulsividade
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças e adolescentes não ultrapassem duas horas diárias de tempo de tela.
Contudo, segundo dados da pesquisa desenvolvida pela Kaiser Family Foundation, nos Estados Unidos, crianças e adolescentes passam em média mais de 7 horas por dia consumindo mídias digitais.
Sendo assim, o uso excessivo tem sido associado a impactos emocionais, sociais e cognitivos, como o aumento da ansiedade. Afinal, ele contribui para estados de alerta constantes.
Dessa forma, o consumo acelerado de informações nas redes sociais gera impaciência e necessidade de respostas imediatas, tornando os alunos menos tolerantes à espera e à frustração.
O que os educadores podem fazer?
- Criar atividades que incentivem a paciência e concentração, como leituras e jogos offline.
- Estimular o autoconhecimento emocional, ajudando os alunos a identificarem a ansiedade.
- Desenvolver práticas que valorizem o processo de aprendizado, e não apenas a rapidez nas tarefas.
2. Baixa autoestima e impacto na autoimagem
A constante exposição a padrões irreais de beleza e sucesso nas redes sociais pode impactar a percepção que os jovens têm de si mesmos.
Portanto, as comparações frequentes com influenciadores e amigos podem gerar um sentimento de inadequação, prejudicando a autoestima.
Um estudo publicado na JAMA Pediatrics, apontou que crianças pequenas expostas a longos períodos de tela apresentaram atrasos no desenvolvimento de habilidades linguísticas e sociais.
Isso ocorre porque o tempo gasto em dispositivos eletrônicos reduz interações face a face, essenciais para a comunicação e a empatia.
O que os educadores podem fazer?
- Fomentar discussões críticas sobre a influência das redes sociais na autoimagem.
- Incentivar atividades que valorizem habilidades individuais, mostrando talentos únicos.
- Criar momentos na rotina escolar para reforçar a importância da autenticidade.
3. Depressão e isolamento social
O uso excessivo de telas também pode levar ao isolamento social e ao aumento dos casos de depressão. Outro problema relevante é o impacto no sono e na regulação emocional.
A luz azul das telas interfere na produção de melatonina, prejudicando, assim, o descanso. Isso gera fadiga, irritabilidade e menor disposição para o aprendizado, afetando dessa forma, diretamente o desempenho escolar.
O que os educadores podem fazer?
- Incentivar pausas durante as aulas para reduzir o tempo de exposição às telas.
- Conscientizar alunos e famílias sobre a importância do equilíbrio digital.
- Criar um ambiente escolar que valorize a interação social e atividades em grupo.
A relação entre o excesso de telas e o uso do celular na escola
O impacto do excesso de telas levanta um debate importante: qual o papel do celular no ambiente escolar?
Muitas escolas ao redor do mundo têm implementado restrições para equilibrar o uso da tecnologia e melhorar o aprendizado.
Pensando nisso, a Estante Mágica realizará uma live especial no dia 26 de março, abordando o tema “A proibição do celular na escola: solução ou problema?”.
O encontro, online e gratuito, terá a participação do projeto que virou lei nacional.
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