Professora engaja alunos com aventura na floresta durante projeto da Estante Mágica: entenda
Debora Teske foi uma das concorrentes ao Prêmio Professor do Ano, promovido pela Estante Mágica. Em entrevista, a professora de Timbó, que foi até destaque de jornal, conta sobre a prática transformadora que aplicou na escola onde trabalha. Confira!
Debora é educadora recém-formada e cheia de criatividade. Atua na escola CETISA, em Timbó – SC desde que iniciou a faculdade de pedagogia.
Hoje, como professora do 4º ano do Ensino Fundamental I, conta que sua inspiração de carreira foi uma professora que teve quando cursava a então 8ª série.
Foi ali que ela percebeu que também queria ser professora e fazer diferença na vida das crianças.
Foi também essa professora, que serviu de inspiração, que apresentou o projeto da Estante Mágica à Debora tantos anos depois.
A escola onde ela estudou quando criança começou a aplicar o projeto no ano passado e ela resolveu levar a sugestão para a direção do CETISA.
Com o apoio da direção, os professores embarcaram na ideia e transformaram mais de 80 alunos em autores dos próprios livros.
Que comece a aventura!
Cada turma escolheu um projeto temático, disponível na plataforma digital do projeto, para trabalhar.
Debora conta que a escolha foi muito democrática em sua sala. Como os alunos já participavam da iniciativa “Explorar CETISA”, onde eles exploram os espaços de dentro e fora da escola, o tema “Aventura” foi escolhido.
Ela conta que o desenvolvimento do projeto foi dividido em duas aventuras, uma viagem para o Eco do Avental e a exploração da floresta.
Na viagem ao parque, os alunos tiveram contato com diversos tipos de animais, pensando na preservação ambiental. Lá, eles aprenderam sobre a importância de cada animal para o planeta.
Quando chegou o momento da visita à floresta, que fica atrás da escola, Debora conta que os responsáveis ficaram um pouco receosos, mas que foi tudo muito bem construído e que foi possível passar confiança às famílias.
Ela conta ainda que a intenção era quebrar uma barreira acerca dos dias chuvosos. Segundo ela, todo mundo cresce com a ideia de que os dias de chuva são ruins.
No dia do passeio, munidos de botas e guarda-chuvas, os alunos adentraram à floresta.
Coletaram objetos encontrados e observaram o comportamento dos animais durante estas condições climáticas, comparando os dias ensolarados com os dias chuvosos.
Voltando à sala de aula
Depois das grandes aventuras, era hora de voltar para a sala de aula. Cada aluno fez um registro das suas aventuras como forma de produção textual, para então começar o desenvolvimento dos livros.
Debora disse que deixou os alunos livres de qualquer intervenção, para que eles pudessem se expressar da maneira que preferissem.
Depois da criação, ela resolveu fazer uma primeira revisão na ortografia, e foi quando a surpresa apareceu. A aluna Heloisa Braumgratz retratou, em seu livro, a professora Debora e sua família em uma aventura durante um dia de chuva.
A autora realizou uma releitura da experiência vivida na escola e inseriu a professora como personagem da sua história. (Confira o e-Book da Heloisa clicando aqui.)
Debora conta que não esperava. Mas percebeu que uma coisa tão simples foi algo muito grande para eles.
O impacto do projeto na escola
Durante o evento de autógrafos, os pais ficaram muito surpresos com o resultado do projeto.
Debora conta que responsáveis de alunos que não estavam ainda na idade de participar do projeto querem que, no ano que vem, seus filhos possam se tornar autores também.
Em sala de aula, ela enxerga muito mais autonomia na turma depois do projeto.
“Agora eles querem procurar novas coisas, já pensam no ano que vem. Agora eles correm atrás de outros textos e querem viver outras aventuras, eles por si só”, afirma.
No campo da produção textual, eles se sentem empolgados em escrever porque o fato de terem sua escrita valorizada faz com que eles queiram produzir cada vez mais.
Intercâmbio literário
Depois do evento, os livros passam longe de serem esquecidos.
Debora pontualmente organizou o “Intercâmbio literário”, onde, em sala de aula, os alunos trocavam livros com os colegas.
No final, os alunos faziam um exercício um tanto quanto divertido: “se eu fosse juntar a minha história com a história do meu colega, como seria?”.
Hoje, o intercâmbio tomou conta das outras turmas. Os alunos vão para outras salas duas vezes na semana, com o apoio de fantasias e fantoches, e contam suas histórias para as outras crianças.
E você? Quais atividades promove com seus alunos para dinamizar a rotina escolar? Conta para a gente nos comentários!