5 atitudes que atrapalham crianças a desenvolverem empatia
Há algumas atitudes que pais e responsáveis podem tomar que prejudicam as crianças a se tornarem pessoas mais empáticas. Conheça algumas delas para não repeti-las!
Todos pensamos em oferecer o melhor para nossas crianças. Porém, muitas vezes, na intenção de dar um bom exemplo ou querer incentivar boas atitudes, acabamos atrapalhando o desenvolvimento de algumas qualidades dos pequenos, como, por exemplo, a empatia.
Confira 5 atitudes negativas que prejudicam a formação empática dos pequenos:
1. Forçar a pedir desculpas
Forçando as crianças a se desculparem, não estamos ensinando nada a elas.
Em vez disso, o que provavelmente acontece é que elas estão mais preocupadas pensando em seu próprio embaraço e vergonha para sentir qualquer remorso ou empatia genuína.
Elas provavelmente também estão analisando algumas ideias sobre como não serem pegas na próxima vez, para que possam evitar esse cenário no futuro.
Enquanto isso faz os pais se sentirem bem quando seus filhos pedem desculpas, por achar que estão ajudando, mas a verdade é que não está realmente cultivando empatia genuína.
O que fazer em vez disso: converse e explique o que é empatia. Fale sobre o que aconteceu sem julgamento!
Incentive-os a perceber os sentimentos e necessidades dos outros, como “Você realmente queria o brinquedo que seu amigo tinha. É difícil esperar a sua vez. Parece que ela está chateada porque queria continuar a brincar com ela”.
A empatia vem de ser capaz de perceber os sentimentos e a perspectiva do outro, então modele isso para eles.
Depois, os pais podem ajudá-los a descobrir o que fazer em seguida e ajudar as partes a comunicar suas necessidades.
2. Punição e recompensas
A maioria das pessoas acredita que, para criar filhos “bons”, você precisa manter o controle sobre eles, punindo-os quando eles fazem algo errado e recompensando-os ou elogiando-os quando fazem algo certo.
Isso não é verdade. Na verdade, para criar crianças confiantes, gentis e empáticas, é preciso saber trabalhar as habilidades emocionais.
Punições, recompensas e muitos elogios prejudicam o desenvolvimento da empatia, na medida em que eles efetivamente direcionam o foco para o que a criança está sentindo.
Eles atrapalham a motivação intrínseca e em vez de perceber como suas ações afetam os outros, as crianças se preocupam com consequências ou recompensas impostas.
Se um dos filhos brigar com o irmão e for colocado de castigo para um tempo, enquanto seu irmão continua a jogar, é improvável que a criança esteja sentado lá, simpatizando com ele.
Pelo ao contrário, a criança vai ficar ressentida com a situação, sem refletir sobre suas consequências e a procurar e compreender soluções possíveis.
O que fazer em vez disso: É legal que pais procurem sobre metodologias diferentes de disciplinar, como a Disciplina Positiva.
A inclusão e conexão com a criança na tomada de decisões pode ajudá-la a compreender sobre como suas atitudes afetam outras pessoas e a buscar soluções sobre o que ela pode fazer para reverter o cenário.
3. Compartilhamento forçado
Assim como forçar crianças a pedir desculpa não é uma boa saída, o mesmo pode-se dizer para compartilhar. Também é outra maneira de impedir o desenvolvimento da empatia.
Quando as crianças compartilham, seja seus brinquedos, lanches e etc, elas enxergam que é uma boa ação e podem fazer pelo outro.
Além disso, exibem maior felicidade do que quando forçadas a compartilhar. O que leva a se tornarem pessoas mais empáticas e gentis. Não é isso que queremos?
Por isso que quando elas são forçadas a compartilhar é comum que elas se sintam um pouco ressentidas ou não entendam o porquê do ato.
O que fazer em vez disso: permitir que “compartilhar” aconteça naturalmente! Não há necessidade de elogiar sempre. Lembra da diferença de elogiar e encorajamento?
Se quiser comentar, pode dizer algo sobre o que vê: “Você deu a boneca a seu amigo. Ela parece feliz por estar brincando com ele”.
Mais uma vez, voltando a atenção para como a outra pessoa está se sentindo. Uma outra opção é pedir que responda quando a outra criança quando terminar de brincar com alguma coisa, para que ela possa usá-la em seguida.
Se uma criança está tendo problemas para esperar a sua vez, apenas tenha empatia! Tudo bem estar chateado. Esperar é muito difícil quando você ainda não desenvolveu um senso de tempo claro.
4. Comparação
A comparação pode ser prejudicial para adultos e crianças. E, infelizmente, muitas vezes pais e responsáveis pode fazer, mesmo sem querer, comparações entre seus filhos e outras crianças.
“Mas o seu colega não age assim”, “Ela tirou notas melhores e teve a mesma aprendizagem” ou “Por que você não fez como ele?”.
Esses são alguns exemplos de situações que, às vezes na intenção de motivar, acaba-se comparando. O que leva ao questionamento da autoestima.
Em termos de desenvolvimento de empatia, quando colocamos crianças em comparação, elas entendem que há uma opção melhor do que a outra.
O que fazer em vez disso: não compare crianças ou incentive-as a competir. Em vez disso, aproveite as atividades em que todos trabalham juntos para enaltecer o melhor de cada um.
Mostre que, quando um colega não é muito bom em matemática, por exemplo, seu filho pode ajudá-lo. Assim como outros podem auxiliá-lo com coisas que ele tem dificuldade.
Ensine também como é importante isso de mostrar todos precisam de ajuda em algo! 😊
5. Ignorar sentimentos
Para entender os sentimentos de outra pessoa, precisamos primeiro entender a nossa.
Por isso, os pais devem fazer o mesmo. Interpretem as emoções dos seus filhos e conectem-se para que, juntos, possam desenvolver uma forma saudável de lidar com eles.
Se os pais descartarem os sentimentos de uma criança, é difícil para eles aprender como regulá-los ou até mesmo estar ciente de exatamente o que estão sentindo.
E se pais não podem ter empatia com o que as crianças estão sentindo, como esperar o mesmo delas?
O que fazer em vez disso: Aceite todos os sentimentos. Não exija que eles os minimizem para o seu conforto. Espalhe a empatia e ajude-os através dela.
As crianças são gentis, compreensivas, amorosas e, em geral, são pessoas impressionantes. Tudo o que precisamos fazer é apoiar isso!
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Ricardo
10/outubro/2019 @ 13:21
A comparação entre 2 ou mais crianças pode destruir não só o desenvolvimento da empatia como a autoestima como um todo!
Cada ser humano é único e crescer se achando inferior ou superior aos seus colegas é horrível.
Por um lado a inferioridade pode causar a percepção de que não somos bons o suficientes como ser humano, mesmo que a comparação seja injusta. Imagina criticar o Neymar pois ele não é bom em história. Faz sentido?
Por outro lado a criança que pensa que é melhor que seus colegas tende a viver com o fardo de TER que ser boa mesmo em atividades que não goste e/ou não exerça tão bem.
Fizemos um artigo no nosso blog com algumas atitudes que podem atrapalhar em muito o desenvolvimento da criança. O artigo complementa este da Estante Magica : https://rcreborn.com.br/educacao-dos-filhos/
Pais, por favor, valorizem sua criança como ela é. Suas qualidades e defeitos são o que fazem ela única e não esperem que ela seja que nem o filho do outro!!
Att
Ricardo Colatto
online cv
28/dezembro/2018 @ 09:38
Unfortunately, parents and guardians can often, even unintentionally, make comparisons between their children and other children. This is annoying.