10 atitudes para incluir alunos introvertidos na sala de aula!
Uma turma é sempre uma mistura de diversos estudantes diferentes. Alguns são mais agitados, gostam de se expressar voluntariamente e estão sempre participando de algo ativamente. Já outros são mais reservados e preferem fazer as atividades no seu canto. Por isso, é muito importante que os professores encontrem maneiras de sempre englobar todos. E, para atingir isso, é necessário ter atitudes para incluir alunos introvertidos na sala de aula.
Antes de tudo, é preciso lembrar que muitas vezes confundimos introversão com timidez, mas há uma distinção fundamental: as pessoas tímidas sentem-se ansiosas na companhia de outras pessoas. E, para os introvertidos, é uma questão de estímulos.
Por isso, confira 10 atitudes para incluir alunos introvertidos e mostrá-los que tal comportamento não é um problema, como muitos pensam. ?
1. Tenha cuidado para não classificar os alunos
A linguagem que usamos quando falamos de crianças é importante. Muitos pais e professores às vezes se referem aos alunos como “sensíveis” e “quietos”.
E essa pré-concepção faz com que se tenha um olhar restrito para o estudante e afeta a forma como os outros interagem com ele.
Por isso, antes de pensar em adjetivos para um aluno introvertido, entenda que apenas classificá-lo como tal pode muitas vezes limitar as interações e expectativas dos alunos na sala de aula.
2. Reserve tempo para perceber as qualidades valiosas que um introvertido traz à sua sala de aula
Um estudante pode ser quieto e sensível, mas também é engraçado, imaginativo, atento, gentil e incrivelmente sintonizado com as necessidades e sentimentos dos outros.
Por isso, é interessante que o professor tente sempre instigar o aluno mais introvertido e apresentar suas outras qualidades.
Se uma criança for boa e gostar da leitura, estimule a fazer atividades literárias como representar um personagem. Tanto o professor quanto o próprio aluno pode se surpreender com o resultado.
Essa é uma ótima atitude para incluir alunos introvertidos logo no começo dos anos letivos.
3. Permitir cantos e recantos
Na arquitetura, o conceito de circulação refere-se ao modo como os espaços influenciam a forma como as pessoas se movem através deles. A maneira como as pessoas se comportam em praças abertas difere de como as pessoas agem em terraços mais íntimos e fechados, por exemplo. O mesmo vale para a sala de aula.
Uma sala de aula com apenas grandes zonas comunais gerará muita atividade comunitária ampla. Criar recantos menores estimula uma atmosfera mais silenciosa e discreta, propícia ao pensamento e aprendizado reflexivos.
4. Incorporar o tempo de silêncio em cada dia
Em qualquer idade, mas especialmente para as crianças mais novas, construa um tempo calmo para ler, desenhar ou meditar em cada dia.
Se realizado na mesma hora todos os dias, os introvertidos e os extrovertidos reconhecerão esse momento como parte de sua rotina e se beneficiarão da mudança de ritmo.
5. Ofereça vários canais de aprendizagem
Um dos grandes benefícios de ser professor no século XXI é a enorme variedade de maneiras de se envolver com os alunos, desde blogs de classe até mídias sociais, até um pedaço de papel e um lápis.
Um aluno introvertido pode não ser o primeiro a levantar a mão para falar, mas ele pode apreciar a chance de compartilhar seus pensamentos por escrito.
Também chamado de “diálogo silencioso” ou “conversa silenciosa”, permite algum tempo para reunir e articular pensamentos, que podem então ser incorporados em uma discussão em grupo.
6. Valorize a participação sobre qualidade, não quantidade
É aqui que todo professor tem a oportunidade de levar para casa a importantíssima lição de qualidade sobre quantidade.
É uma das ótimas atitudes para incluir alunos introvertidos na sala de aula. Você pode usar umas das simples técnicas que é esperar um tempinho depois de fazer uma pergunta.
Assim os alunos serão capazes de organizar seus pensamentos em uma resposta antes de compartilhá-la.
Isso funciona bem para os mais reservados, porque eles podem reunir seus pensamentos livres da pressão imediata para dizer algo. E funciona também para os extrovertidos, já que os impede de soltar a primeira coisa que lhes vem à cabeça.
7. Ofereça um cardápio de opções de aprendizado
O ingrediente-chave para o envolvimento efetivo em todos os estilos de aprendizagem é a variedade. Mude as estratégias de ensino ao longo do dia.
Acompanhe atividades para incluir alunos introvertidos em grupo com algum tempo de trabalho solo concentrado.
Deixe os alunos pensarem em um problema de forma independente primeiro e, em seguida, junte-se a um colega de classe para dissecá-lo ainda mais, antes de compartilhar suas ideias com todos.
Elabore uma lição do tipo “escolha a sua própria aventura”, na qual os alunos podem escolher entre uma variedade de estilos de compartilhamento, desde encenar um debate sobre o assunto até fazer uma colagem instrutiva.
Isso gera criatividade no processo de aprendizagem e permite que cada aluno gravite para a atividade que se adapte ao seu temperamento.
8. Mostre aos estudantes seus pontos fortes
Além de qualidades como autoconfiança e boa oratória, é necessário que também seja desenvolvida boa audição, a persistência e a empatia dos alunos.
A comunicação sutil geralmente funciona bem; contato visual ou até mesmo um pequeno sorriso serão suficientes para que eles saibam que o professor os vê e aprecia suas contribuições.
9. Conecte um a um para criar estratégias
Lembra como é importante conhecer mais a fundo os seus alunos? Pois é, isso também é uma ótima ferramenta para saber conversar com os estudantes mais reservados da sala de aula.
Falar sobre seus interesses, suas disciplinas favoritas ou pedir sugestões pode ser umas das formas de se conectar com a criança e o jovem e fazer com eles também vejam uma abertura para diálogo com os educadores.
É uma das cruciais atitudes para incluir alunos introvertidos na escola.
10. Tenha atenção com o cuidado excessivo
Frequentemente, alunos mais reservados precisam superar os medos e experimentar o que parece ser correr o risco, sair do limbo e manter a atenção por um momento. Mesmo quando se erra, aprende-se algo útil.
Portanto, não exagere com o tratamento especial. Toda criança, em algum momento, precisa aprender a articular suas ideias e também a reconhecer o benefício de aprender com as perspectivas dos outros.
Embora a exposição a críticas em potencial ou muita atenção possa ser intimidante para crianças introvertidas, elas podem perceber que a experiência não é tão ruim quanto esperavam.
Tudo isso ajuda – e muito! – os estudantes a desenvolverem suas habilidades emocionais também.
Vamos planejar melhor atitudes para incluir alunos introvertidos nas nossas escolas? ?