Ansiedade infantil: 5 motivos que explicam esse problema!
O retorno às aulas, a mudança de sala ou de professor, a semana de provas, a viagem com a família, a alteração de rotina, a separação dos pais e a distância ou falecimento de algum ente querido são algumas situações que acabam despertando a ansiedade infantil.
É complementarmente normal se sentir ansioso, porém é preciso estar sempre em alerta, caso essa ansiedade exceda o limite da normalidade e venha acompanhada de recusa escolar, várias noites mal dormidas, falta de apetite ou vontade de sair de casa para brincar com seus brinquedos e amigos.
A ansiedade infantil é muito mais comum do que se imagina! E pode se agravar por diversos motivos, dentre os quais destaco alguns bem relevantes:
1) Crianças cujo os pais são excessivamente exigentes, críticos e perfeccionistas acabam ficando ansiosas por tentarem sempre corresponder às expetativas e exigências impostas;
2) Viver situações negativas, como um assalto por exemplo, pode também ser um fato gerador ou agravante de ansiedade;
3) Crianças com baixa autoestima e sem autoconfiança terão maior probabilidade de desenvolver ansiedade exagerada, uma vez que ficarão “presas” a sentimentos de desconfiança, medo de errar ou de não se sentirem capazes para realizar determinada atividade;
4) Morar num ambiente familiar estressante, cheio de conflitos e sem qualquer rotina, também favorece um aumento significativo da ansiedade;
5) Crianças que são constantemente rebaixadas, humilhadas, negligenciadas ou vítimas de “bullying”, podem tornar-se ansiosas ao conviver com outras pessoas ou crianças.
A tristeza, o desânimo e vontade de ficar somente em casa são as consequências da ansiedade infantil. Desta forma, os pais e professores precisam estar atentos, uma vez que a criança, por não saber identificar suas próprias emoções, não consegue falar sobre isso e acaba sendo, muitas vezes, incompreendida.
E essa incompreensão agrava a situação e a criança acaba se isolando cada vez mais, gerando, em muitos casos, um comportamento agressivo.
Por isso, os pais e professores, ao se depararem com uma criança que apresente referidas características, devem adotar uma postura firme, transparecendo segurança, não ignorando a situação, tentando compreendê-la e evitando julgá-la, a fim de que se sinta mais confiante a enfrentar os seus medos, bem como ensinando-a a identificar suas emoções e sentir-se mais tranquila (por exemplo, pensar em coisas boas e respirar fundo).
Nestas situações, procurar auxílio de um psicopedagogo pode ajudar para que a criança aprenda a falar sobre seus sentimentos, reconhecendo suas emoções, pois falar sobre as habilidades emocionais auxiliará a criança na difícil de tarefa de se relacionar com outras pessoas, gerenciar conflitos, identificar e lidar com nossas próprias emoções ou controlar nossos impulsos.
Para mais informações sobre inteligência emocional, leia também “Inteligência emocional: Falar sobre sentimentos favorece a aprendizagem”.
Aline Ferro é pedagoga, psicopedagoga e mestre em Distúrbios do Desenvolvimento. Desenvolve trabalhos educacionais e psicopedagógicos com a finalidade de ajudar crianças com dificuldades ou transtornos de aprendizagem. Também compartilha dicas de atividades pedagógicas no site www.alineferro.com.br.