Adultização: saiba o que é e como combater na escola
Você já ouviu falar em adultização? Esse termo, que ganhou força após o recente vídeo viral do influenciador Felca, está no centro de uma das conversas mais urgentes sobre infância.
Neste texto, você vai entender mais sobre o tema, seus impactos no desenvolvimento e conhecer estratégias para que escolas e famílias possam combater essa realidade e preservar uma infância saudável. Confira!
O que significa adultização?
A adultização pode parecer inofensiva em um primeiro olhar, mas esconde riscos profundos.
Ela acontece quando crianças e adolescentes são pressionados a assumir comportamentos, responsabilidades ou padrões estéticos típicos de adultos antes da hora.
Trata-se de estimular ou expor crianças a situações que não correspondem à sua fase de desenvolvimento.
Exemplos não faltam: maquiagens e roupas com conotação sexual, cobrança precoce por produtividade e maturidade, além do contato intenso com conteúdos adultos nas redes sociais.
É como pedir a uma criança que vista um sapato gigante: cedo ou tarde, ela tropeça.
Esse fenômeno ganhou tanta relevância que, recentemente, a Paraíba sancionou a chamada Lei Felca, em homenagem ao youtuber que denunciou casos de exposição sexualizada de menores.
A legislação define adultização como qualquer forma de incentivo para que crianças de até 12 anos assumam papéis ou aparências adultas.
Quais são os impactos?
Não se trata apenas de estética ou comportamento. A adultização tem efeitos concretos no desenvolvimento socioemocional.
Crianças expostas a essa pressão podem desenvolver ansiedade, baixa autoestima e dificuldades de socialização.
Além disso, podem carregar para a adolescência marcas emocionais que resultam em problemas de saúde mental.
E nas redes sociais, o risco é ainda maior. O algoritmo funciona como um espelho distorcido: quanto mais se consome esse tipo de conteúdo, mais ele aparece.
Assim, padrões irreais de beleza, sensualização precoce e até estímulos a relacionamentos inapropriados são normalizados.
A pergunta é inevitável: será que estamos trocando o brincar por curtidas?
O papel da escola e da família
A boa notícia é que é possível virar esse jogo!
Pais e educadores podem, e devem, atuar como faróis. A escola tem papel essencial na identificação de sinais de adultização e na promoção de uma infância saudável.
Incentivar o brincar, a imaginação e o aprendizado sem pressa é como regar uma planta: quanto mais respeitamos seu ritmo, mais fortes se tornam suas raízes.
Nesse contexto, projetos inovadores, como o de incentivo à leitura da Estante Mágica, se tornam grandes aliados.
Ao incentivar que cada criança escreva e publique o seu próprio livro, a experiência fortalece a autoestima, valoriza a infância e abre espaço para que os pequenos explorem essa fase de forma profunda.
Além disso, aproximar famílias e escolas em um movimento coletivo de proteção à infância.
Para as famílias, fica o desafio de equilibrar liberdade e proteção.
É fundamental criar momentos de diálogo, supervisionar o uso das telas e reforçar a autoestima da criança. Essas são atitudes que funcionam como escudos contra pressões externas.
Afinal, infância não é uma fase a ser pulada, mas vivida plenamente.
Caminho para uma infância saudável
Combater a adultização exige consciência e ação coletiva. Isso significa olhar para cada criança não como um “miniadulto”, mas como alguém em processo de descoberta.
👉 Quer entender ainda mais sobre como proteger a infância e promover um desenvolvimento saudável na escola?
Assista a ESSE VÍDEO AQUI do especialista em inteligência socioemocional da Estante Mágica, Willmann Costa.