Desenvolvendo a solidariedade infantil no natal
Natal é período para agradecer, celebrar e apreciar os pequenos gestos. Nessa época do ano, ficamos mais sensíveis e reflexivos, o que estimula o nosso lado solidário. Essa preocupação com o próximo, transformada em ação para ajudá-lo, pode nos beneficiar, também. Estudos referentes à inteligência emocional apontam que prestar ajuda a necessitados aparece como um antídoto contra a depressão, já que nos desvincula de pensamentos egocêntricos, centrados nos nossos próprios problemas. Ou seja: ajudar é uma via de mão dupla e faz bem para ambos os lados <3
Essas boas ações podem ser ensinadas às crianças, que ainda estão adquirindo consciência quanto à sua individualidade e à importância da empatia para a construção de relacionamentos saudáveis. Que tal pegarmos carona neste contexto natalino para despertarmos o espírito solidário dos nossos pequenos? =)
Um conselho muito bom é estimular a doação por parte de pais. O indicado é que eles conversem com a criança sobre a mensagem do natal, enfatizando que o os presentes são um privilégio que ela recebe e que nem todos têm essa oportunidade. É importante, aqui, frisar o valor afetivo e espiritual do agrado, desfazendo eventuais percepções consumistas sobre a data – o que é natural que ocorra, já que o natal está muito ligado a lembranças materiais. Trazer uma reflexão sobre a existência de pessoas em estado de pobreza, que não têm acesso a recursos básicos, é importante para despertar a gratidão e a compaixão da criança.
Isso pode ser feito por meio de uma visita até uma instituição de caridade – como, por exemplo, um orfanato. Os pais realizam a doação com o filho e apresentam a criança àquela realidade, estimulando o contato dela com os pequenos que estão sendo ajudados. Fazer com que a criança veja a felicidade da outra criança ao receber uma doação faz com que ela sinta ainda mais vontade de ajudar.
Sabemos que solidariedade é parceira da fraternidade, correto? Portanto, para incentivar a proatividade na hora de auxiliar alguém, precisamos reconhecer o valor daquela ação. Independentemente de religião, é consenso partirmos do princípio de que somos todos irmãos e precisamos ajudar uns aos outros para o mundo ser um lugar cada vez melhor.
Após essa reflexão, que tal montar um calendário de gentileza junto com o pequeno, exclusivamente para o mês de dezembro, de modo começar a colocar todos esses valores bonitos em andamento? Por exemplo: agendar, para cada dia da semana, uma ação bondosa: no dia 23 de dezembro, entregar uma marmita a um morador de rua; no dia 27, enviar uma carta de amor a uma criança órfã; no dia 30, doar uma roupa a uma criança de rua… e por aí vai.
Para fortalecer ainda mais ensinamento prático, aqui vai mais uma dica: dar livros que conscientizem os pequenos sobre a situação dos refugiados. Além de atentá-los a essa importante questão, você estará estimulando a empatia deles. Eventualmente, em sala de aula, esse tipo de obra pode, inclusive, ajudá-lo a ensinar conteúdos históricos e pedagógicos. É o caso do livro “Malala, a menina que queria ir para a escola”, da jornalista Adriana Carranca. Nele, a história de Malala, referência máxima de luta feminina por acesso à educação, é contada com uma linguagem bem lúdica e compatível com o público infantil. Vale muito a leitura 😉
Seguindo esse linha de conscientização para estimular a solidariedade, “compartilhar” é outro verbo super pertinente para ser colocado em prática. Como isso pode ser feito? Através de situações hipotéticas. Vamos imaginar que o papai noel só possa dar um brinquedo para uma turma de determinada escola: qual seria o ideal para todas as crianças usufruírem juntas? Lance essa questão para os pequenos e peça para eles pensarem em qual presente poderiam pedir, neste contexto. Será preciso um diálogo para chegarem à decisão e eles exercitarão o conceito de compartilhamento com essa atividade!
O leque é amplo e podemos explorar inúmeras oportunidades para tornar esse natal mais solidário. Vamos lá?! 😉
Andreia Damasceno
24/dezembro/2017 @ 09:32
Adorei!
Não conheço o livro“Malala, a menina que queria ir para a escola”, da jornalista Adriana Carranca… gosto muito dessa ideia de desmistificar este consumismo na época do natal! Precisamos trabalhar muito isso com nossos filhos e educandos!Amei os toques e sugestões dadas! A fraternidade é o caminho para melhorarmos TUDO no presente…
Desejo tudo de melhor neste ano que se inicia e continuarei a acompanhá-los… pois meu crescimento profissional e pessoal tem sido muito grande!
Grata pela parceria!
Andreia silva Damasceno (CEAC-JF/MG)