Prêmio Educador Mágico 2023: Finalista Júlia Antonia Pires
Júlia Antonia Pires, da Escola Municipal Geny Guimarães de Oliveira, de Mateus Leme/MG, é finalista na categoria Aplicação Mágica do Prêmio Educador Mágico 2023. Saiba mais sobre a sua experiência:
Devo vencer esta categoria porque eu como professora mediadora faço com que meus alunos aprendam, não somente nas datas comemorativas, mas sim, durante o ano todo, a respeito do ensino da história da África no currículo escolar, de uma África “SUJEITO” e não uma África “OBJETO”; para as diretrizes curriculares nacionais em prol das relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e conflitos que atravessam as relações na escola e que igualam as diferenças e reproduzem o racismo. Iniciamos com a leitura do livro Obax de André Neves e depois, Vogais Africanas de minha autoria (Livro feito no ano passado no Projeto Estante Mágica 2022), dicionário de nomes africanos, estudo dos mapas e sites sobre o tema e participação da comunidade escolar.
Os alunos, através da sacola do projeto África, levavam para casa juntamente com os bonecos africanos e no caderno, faziam os registros através das formas geométricas, alfabeto móvel e desenhos. Estudos mostram que o acesso de alunos negros à escola e sua permanência nela, apresentam um caminho irregular principalmente pela evasão escolar. Cavalleiro (2010) diz que o olhar sobre o mundo e sobre si só, de cada indivíduo, é constituído a partir das relações que estabelece com seus pares. De acordo como Censo Democrático realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o termo negro se refere à pessoas pretas ou pardas. Gomes (2005). É preciso entender a alegria através das cores, trabalhando a interdisciplinaridade e possibilitar diferentes estratégias que favoreceram a integração de saberes à aprendizagem das crianças.
Quando uma criança se torna leitora, ela percorre por muitos caminhos, favorecendo a alfabetização, o letramento e a construção de novos saberes, como alguém capaz de resguardar seu mundo de fantasia acreditando que a leitura é a janela que se abre para conhecer os infinitos mundos, dentro e fora de nós mesmos, conhecendo as digitais africanas, explorando as cores, utilizando tintas guaches, tendo a possibilidade de ouvir, sentir e ver, usando a imaginação através da confecção do livro no “Projeto Estante Mágica”, em que todas as páginas do livro foram usadas as digitais dos alunos. Através disso foi explorado o conjunto de hábitos, costumes, artes do continente africano e sua origem diversificada e riqueza de elementos. Tudo isso para a compreensão de que cada ser é único, todos somos diferentes e merecemos respeito.
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