Storytelling, as boas histórias!
Por natureza, somos todos sedentos por boas histórias e todos os dias buscamos aquela que nos emociona de alguma forma: seja ouvindo a história de alguém em uma música; seja buscando uma série nova pra ver no Netflix.
Histórias fascinam, instigam, inspiram e ensinam. Também podem comover, enraivecer, dissimular. Foi a nossa capacidade de contar e ouvir histórias que permitiu a difusão da cultura: histórias que passaram de pai pra filho nos mais remotos tempos da nossa evolução; que aprendemos a registrar em desenhos nas cavernas; a gravar na pedra; a rabiscar com a pena no papel.
Gutenberg inventou a imprensa e as histórias se multiplicaram; e a internet fez o favor de nos dar histórias que se transformam mais rápido do que a nossa capacidade de discernir entre ficção (quando não ficção da ficção), realidade ou um pouco de tudo.
Poucas coisas nos fazem tão humanos quanto um polegar opositor e a nossa paixão por histórias.
Joseph Campbell, um estudioso americano de mitologia, percebeu que, na nossa paixão comum por histórias, havia uma estrutura fundamental que permeava mitos milenares de diversas regiões do planeta. Ele chamou essa estrutura fundamental de monomito, que ficou comumente conhecida como a Jornada do Herói — uma estrutura composta de 12 passos que serve até hoje a grandes roteiristas e são a base de filmes clássicos (de “O Poderoso Chefão” a “Harry Potter”; de “Carros” a “A Bela e a Fera”), que pode ser resumida da seguinte forma:
Um herói se arrisca a sair do seu dia-a-dia comum para uma região de maravilha sobrenatural: forças fabulosas estão lá para ser encontradas e uma vitória decisiva está a ser ganhada: o herói volta a partir desta misteriosa aventura com o poder de conceder bênçãos sobre seus companheiros.
Dos nossos pequenos autores, de “Jack Bigodão” ao “Mistério da Lasanha Dourada”, cada história passeia pelas etapas de Campbell. O que mostra que contar boas histórias não é privilégio de Holywood.
Aqui, na Estante Mágica, temos muitas histórias para contar e fazemos isso todos os dias: do primeiro contato com a coordenadora até a emoção no autógrafo dos livros.
São muitas jornadas de muitos heróis. Escolher contá-las ou ouvi-las só nos aproxima mais do herói que temos dentro nós mesmos.
E você? Que história quer contar?
Abraços Mágicos